Despesas: portugueses dispostos a cortar em tabaco e cafés - TVI

Despesas: portugueses dispostos a cortar em tabaco e cafés

  • Rui Pedro Vieira
  • 19 mar 2009, 13:38
Café

Poder de compra subiu apenas 0,1% ao ano entre 1997 e 2007

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O poder de compra dos portugueses apresenta um crescimento negativo desde 2005. Se no ano passado o recuo foi de 1,4 por cento, em 2009 deverá cair 1,2%.

As contas são do Observatório Cetelem, apresentado esta quinta-feira, que diz ainda que em caso de necessidade de cortar em despesas, o tabaco, o álcool e as idas aos cafés e restaurantes serão os primeiros tópicos a ter em conta.

Segundo a mesma análise, entre 1997 e 2007 o poder de compra nacional cresceu a um ritmo de apenas 0,1% ao ano, no segundo pior valor da amostra apresentada de 13 países europeus. Atrás fica apenas a Itália, que contou com uma média de menos 0,8% na década referida.

Até os mais ricos já correm atrás de preços baixos

Só 3% dos portugueses vão aumentar poupanças este ano

«Em toda a Europa o nível de vida, que em 2008 diminuiu significativamente, continuará a baixar em 2009», referiu a responsável pelo Observatório Cetelem, Conceição Caldeira da Silva, na conferência de imprensa que decorreu em Lisboa.

O documento explica que a tendência é geral a nível europeu: o movimento de oscilação no poder de compra, iniciado desde 2007 pela Espanha, Itália e sobretudo Portugal, Alemanha, Reino Unido e Hungria, vai generalizar-se este ano, sendo apenas a Rússia poupada.

22% gastaria mais em alimentação se pudesse

Segundo a mesma análise, 24% dos portugueses inquiridos admitem que cortaria nas bebidas alcoólicas e no tabaco, 19% nos hotéis, cafés e restaurantes, 13% em lazer, cultura e turismo e 8% nas telecomunicações (valor muito acima do referido pelos restantes europeus).

O último tópico a abdicar em caso de menores rendimentos é a saúde (com 0%), a alimentação (1%) e a educação e ensino (igualmente com 1%).

Já em caso de aumento dos rendimentos, 22% dos portugueses reforçariam nas despesas em alimentação, 19% em saúde e 15% em lazer, cultura e turismo.
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