Fundos defendem sistema misto para pensões dos portugueses - TVI

Fundos defendem sistema misto para pensões dos portugueses

Reformados

A Associação Portuguesa de Fundos de Investimento Pensões e Patrimónios (APFIPP) defendem um sistema misto para as pensões de velhice dos portugueses.

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A proposta da associação assenta assim num primeiro pilar em que «todos descontam e o Estado garante até dois salários mínimos nacionais (das contribuições directas)», explicou um dos membros da direcção, José Sarmento, em conferência de imprensa. Esta ideia tem por base ainda que, para valores entre dois e dez SMN, «50 por cento das contribuições sejam entregues ao Estado (contas nacionais) e os outros 50% sejam direccionados para o sistema privado, ou seja, para fundos de pensões.

«A prazo, para as contas públicas, queremos que a nossa proposta seja mais benéfica. As pessoas têm menos garantias hoje do que tinham há 10 anos. A nossa alternativa é aumentar o tempo de trabalho ou os descontos, portanto há menos regalias», referiu o presidente da APFIPP, Manuel Guimarães.

Para o responsável, o que é importante é que as pessoas tenham «um sistema misto de capitalização e puderem ir acompanhando como está a ser gerido o seu bolo», de forma a «responsabilizar muito mais quem gere e ser mais transparente para quem vai receber».

Défice vai atingir 5 mil milhões em 2030

A associação aponta que, com a reforma vigente do Governo, os portugueses, com as mesmas condições, vão receber menos e que não deu espaço para preencher o «buraco» que as pessoas vão precisar à idade da reforma e o que efectivamente vão receber».

Ainda de acordo com a APFIPP, a manter-se esta reforma, o défice do subsistema de pensões de velhice vai atingir os 4,96 mil milhões de euros em 2030. Já com a proposta da associação garantem que, no caso de descontados até dois salários mínimos, será de 1,66 mil milhões e de 2,15 mil milhões, para valores descontados superiores.

«Não achamos que deva haver uma reforma todos os anos, mas que o tema deve ser revisto todos os anos, quer pelo governo quer pelas entidades. É neste sentido que, havendo mais margem de manobra no défice, é um tema que pode ser de novo reequacionado», salientou Manuel Guimarães.
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