TAP atinge prejuízos de 133 milhões de euros - TVI

TAP atinge prejuízos de 133 milhões de euros

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Aumento dos preços dos combustíveis penalizaram contas

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A TAP atingiu prejuízos de 133 milhões de euros de Janeiro a Agosto deste ano, uma forte deterioração face aos resultados positivos de 24 milhões de euros registados em igual período do ano passado.

Segundo o administrador financeiro da companhia, Michael Conolly, o aumento das receitas na ordem dos 18% foi «insuficiente para compensar o aumento brutal dos custos com os combustíveis», revela esta quarta-feira, em conferência de imprensa.

De acordo com as contas da companhia, o preço médio do petróleo nos primeiros oito meses do ano situou-se nos 114 dólares, o que representou um acréscimo de 128 milhões de euros na factura de combustível paga pela transportadora.

A penalizar ficaram também os 10 milhões de prejuízos imputados da participação que detém na empresa de «handling» Groundforce.

Receitas aumentaram 18%

Assim, entre Janeiro e Agosto deste ano, as receitas da TAP ascenderam a 1.413 milhões de euros, mais 18% que os 1.197 milhões obtidos em igual período de 2007.

Já o resultado operacional da companhia situava-se em 94 milhões negativos até Agosto deste ano, face aos 45 milhões positivos dos primeiros oito meses do ano passado.

O EBITDAR sofreu também «uma erosão», ao passar dos 150 milhões de euros positivos de Janeiro a Agosto de 2007, para apenas 37 milhões positivos no mesmo período deste ano.

Tráfego de passageiros cresceu 7,6% em Agosto

Ao todo, os custos globais de exploração ascenderam a 1.376 milhões de euros, 31% acima dos 1.047 milhões apurados nos primeiros oito meses de 2007, diferença obtida devido ao aumentos dos combustíveis, já que sem essa rubrica os custos teriam subido 16%, ou seja, valor inferior ao crescimento dos proveitos.

As receitas de passagens atingiram um total de 1.180 milhões de euros, ou seja, cresceram 19,6% face ao registado no mesmo período do ano passado.

Durante o mês de Agosto, o tráfego de passageiros aumentou 7,6%, o que contribuiu para o resultado acumulado dos primeiros oito meses do ano de 17,3%. «O acumulado é beneficiado pelo facto de nos primeiros seis meses do ano a comparação ser feita com um período do ano anterior em que a TAP ainda não tinha adquirido a PGA. Todos os sectores de rede tiveram uma evolução positiva», referem.

Para o presidente Fernando Pinto, «os resultados de Agosto foram apenas 3 milhões de euros positivos. A principal causa foram os combustíveis, que geraram uma despesa de 30 milhões só num mês, o que torna inviável qualquer empresa», remata.
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