Aumento salarial de 1,5% pode ser insustentável

O ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento, Vieira da Silva disse esta quarta-feira que um aumento salarial de 1,5 por cento em 2010 poderá «não ser sustentável», defendendo que devem ser seguidas políticas salariais ajustadas ao actual ciclo económico.

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«Não será sustentável seguirmos políticas de rendimentos e políticas salariais desajustadas do ciclo económico em que vivemos, pois não vejo como é possível que a riqueza seja distribuída se não for criada consistentemente», disse Vieira da Silva à saída de um encontro para assinalar o Dia da Competitividade.

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Para o governante, «o crescimento salarial deve ser adequado a um quadro de redução da inflação negativa».

Por isso, o ministro defende a necessidade de se encontrar «um equilíbrio concertado», já que o tecido empresarial é composto por diferentes sectores de actividade económica.

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O valor de 1,5% foi fixado pelo presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, como o «aumento-limite» dos ordenados para o próximo ano. Um valor muito abaixo daquele proposto pelos sindicatos da Função Pública, que defendem subidas entre os 3% e 4,5%.



«Mais e melhor emprego»

Para o governante o desafio «mais relevante» que se põe à sociedade portuguesa é o de criar, de forma sustentada, «mais e melhor emprego e mais e melhor riqueza».

Para isso, Vieira da Silva aponta um caminho: «Creio que do ponto de vista estratégico, o factor decisivo [para uma maior produtividade e competitividade] é a qualificação das mulheres e homens que fazem parte da nossa sociedade».

Veja aqui a reportagem e as declarações do ministro