Seguradoras «low cost» vieram para ficar - TVI

Seguradoras «low cost» vieram para ficar

  • Sónia Peres Pinto
  • 27 fev 2008, 06:00
ACP quer que seja o vendedor a registar a venda

Rapidez e redução de preços são apontadas como as principais vantagens face ao produto oferecido pelas tradicionais seguradoras

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As seguradoras de canal directo (telefone e Internet), conhecidas por «low cost», vieram para ficar. Pelo menos, é esta a opinião das empresas do sector contactadas pela Agência Financeira (AF). Depois das históricas OK! Teleseguro e da Seguro Directo, assistimos nos últimos meses à «explosão» de novas companhias que aderiram a esta «moda». É o caso da Logo, da N Seguros e da Sempre Seguros (parceria entre a Seguro Directo e a Media Capital).

A explicação é simples. «Este aparecimento no mercado português é natural face às novas tendências de consumo e ao facto das seguradoras tradicionais não terem conseguido acompanhar a evolução dos hábitos dos consumidores, perdendo assim muitos clientes», salientam.

Rapidez, simplicidade e redução de preços são apontadas, pelas companhias contactadas pela AF, como as principais vantagens do serviço.

«Há cada vez mais pessoas a privilegiar as novas tecnologias, a procurar informação de forma activa, através da Internet e a confiar mais em canais de venda online. Esta situação deve-se ainda ao facto do serviço prestado pelas companhias desta gama ser seguro, de qualidade, de confiança e não apenas barato», refere a Seguro Directo.

Aliás, no entender da Sempre Seguros, esta «explosão» seria inevitável, tendo em conta o exemplo vivido pela vizinha Espanha. «Em Espanha já existem várias seguradoras destas e em Portugal era uma questão de tempo», acrescentando ainda que «nesse mercado existiam, em 2004, 38 marcas e, em 2007, já eram 62. O investimento publicitário cresceu 128% nesse mesmo período».

Já de acordo com a N Seguros, o mercado nacional está a caminhar para a tendência que se vive no mercado europeu, «onde os consumidores de canais directos têm vindo a crescer nos últimos anos».

«Concorrência é saudável»

Em declarações à Agência Financeira as históricas companhias neste ramo (Seguro Directo e Ok Teleseguro), com cerca de 10 anos de existência, acham natural o aparecimento de concorrência no sector. «Sempre encarámos a concorrência como um factor muito positivo, o que nos leva a prosseguir a nossa estratégia de melhorar a nossa performance como o objectivo de oferecer o melhor serviço ao melhor preço do mercado» refere a OK! Teleseguro.

No entender da Seguro Directo «a emergência de novas seguradoras vem ajudar, por um lado, ao aumento da notoriedade do modelo de distribuição de seguros por telefone e Internet. Por outro lado, é um sinal de que o perfil de cliente está a progressivamente a mudar».

Mercado irá ditar futuro

Quanto ao aparecimento contínuo de novas seguradoras de canal directo, consideram que só o mercado é que irá ditar o futuro. «Agora é preciso dar tempo para que cada uma das companhias ocupe o sei espaço e ver como o cliente vai reagir», salientam.

A Sempre Seguros chama, no entanto, a atenção que «algumas companhias tradicionais ainda não reagiram ao lançamento das suas congéneres, pelo que é possível que ainda venhamos a assistir ao aparecimento de novos concorrentes no mercado».

Além destas seguradoras, outras empresas estão a apostar nesta oferta. É o caso do Benfica e do Continente. O clube encarnado não quis adiantar pormenores, por estar a proceder a alterações na marca Benfica Seguros.

Já o Continente garante apostar «em produtos muito acessíveis e transparentes, um processo de adesão fácil, simples e rápido, ao qual se juntam todas as vantagens inerentes às lojas Continente: horários alargados, rede de apoio ao cliente e disponibilidade para o tratamento de qualquer questão, sendo possível obter o seu seguro na hora».

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