Aviação: crise actual é pior que 11 de Setembro

O presidente da Associação Internacional das Transportadoras Aéreas (IATA), Fernando Pinto, acredita que a actual conjuntura está a levar à pior crise que o sistema aéreo internacional já viveu. Pior que o 11 de Setembro de 2001.

Em declarações aos jornalistas do conferência internacional sobre transporte aéreo, aeroportos, navegação aérea e globalização das economias, o também presidente da TAP, explicava que o «11 de Setembro foi extremamente crítico mas a actual conjuntura une duas coisas graves: a contínua escalada do petróleo, que está a níveis insuportáveis, e a estagnação das economias globais».

E, acrescenta Fernando Pinto, que «da mesma forma que o transporte aéreo cresce com o desenvolvimento da actividade económica, também é o primeiro a sofrer com as suas variações. Estamos a entrar numa estagnação.»

«Momento torna-se sério»

Tendo em conta o actual cenário macroeconómico, Fernando Pinto considera que «o momento que vivemos torna-se sério para o transporte aéreo».

Ainda assim, no seu discurso de abertura da conferência, o presidente da IATA deixou uma mensagem de moderado optimismo ao afirmar que «também é uma verdade que o sector está habituado a ultrapassar desafios».

Apesar da elevada pressão que a conjuntura está a exercer sobre o sector, nomeadamente com o agravamento da factura de combustível, Fernando Pinto lembrou que, no geral, «nos últimos 40 anos, crescemos 70 por cento em eficiência de combustível. As companhias mudaram, a indústria mudou, mas estamos cada vez mais fortes», sublinhou.