Glintt quer crescer 15% ao ano e não descarta novas aquisições - TVI

Glintt quer crescer 15% ao ano e não descarta novas aquisições

  • Rui Pedro Vieira
  • 13 out 2008, 14:11
A imagem da nova empresa

Tecnológica espera que 4.º trimestre seja o melhor apesar da crise

A empresa Glintt quer crescer a um ritmo de 15 por cento ao ano em matéria de volume de negócios, nos próximos cinco anos, e não descarta novas aquisições para manter a meta.

«Queremos um crescimento sustentado e, possivelmente pelo caminho vamos adquirir outras empresas», disse o presidente executivo, Fernando Costa Freire, em conferência de imprensa esta segunda-feira.

«Nesta área, a dimensão é muito importante. Estamos perante uma crise e, embora acredite nas pequenas empresas de nicho, há casos que correm menos bem», acrescentou num encontro com jornalistas, que decorreu na nova sede em Sintra.

Por isso mesmo, a administração da Glintt está atenta a novas oportunidades e reconhece que «é mais fácil adquirir em Espanha do que em Portugal», embora o mercado nacional também esteja na lista de prioridades.

«Estamos sempre atentos», disse ainda Costa Freire.

Quem é estável «cresce mais com a crise»

O mesmo responsável sublinhou que, apesar da instabilidade financeira mundial, a Glintt espera que o último trimestre deste ano seja o melhor de todo o 2008, até porque, «nas alturas de crise, o sector (das tecnologias) sempre cresce mais».

Por este motivo, a empresa espera terminar o ano com um volume de negócios estimado em 130 milhões de euros, quando chegou ao fim dos primeiros nove meses com 96 milhões, um crescimento de 122% face ao mesmo período de 2007.

«Há outras oportunidades. Quem é organizado, quem tem as contas estáveis e credibilidade junto da banca vai conseguir crescer», sustentou ainda Fernando Costa Freire.

No entanto, o presidente executivo da Glintt diz estar «muito preocupado com a crise», até porque a grande maioria de clientes da tecnológica são de longo prazo.

«Não é só com estes anúncios (o do Governo português de dar garantias de até 20 mil milhões de euros) que a crise se vai resolver», disse.

Crescer lá fora

Em 2009, a empresa espera crescer ao nível da quota de operação internacional, que ronda os 5% de facturação, continuando a desenvolver-se «sustentadamente» em África e América Latina.

Entre os objectivos está também a liderança no sector, ao nível da Península Ibérica, para a área da Saúde.

A empresa conta actualmente com escritórios em Lisboa, Porto, Coimbra e Valência, além de uma representação em Luanda (com 12 colaboradores).

As acções da Glintt seguem a disparar 22,94% para os 0,87 euros.
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