DECO chumba agências de viagens por falhas de informação - TVI

DECO chumba agências de viagens por falhas de informação

DECO chumba agências de viagens por falhas de informação

Carência de documentos escritos sobre serviço contratado e de comprovativos são principais falhas

Relacionados
Numa altura em que os portugueses começam a procurar em massa as agências de viagens para organizar as férias de Verão, a Associação de Defesa do Consumidor (DECO) deixa um alerta: há falta de informação escrita sobre o serviço contratado e de comprovativos das despesas de cancelamento.

Estas são as principais falhas que levam a DECO a chumbar 12 das 20 empresas analisadas, sendo que só no ano passado chegaram 4 mil reclamações e pedidos de informação.

De acordo com a revista «ProTeste» de Maio, as queixas com as agências de viagens estendem-se às dificuldades no reembolso de quantias pagas, cobrança de despesas de cancelamento superiores ao permitido e entraves à rescisão do contrato.

Atendimento «despachado»

A associação esclarece que uma primeira visita realizada a 107 locais foi feita com o objectivo de «pedir informações sobre uma viagem organizada, contratá-la e desistir da mesma, para avaliar a actuação e o respeito pela lei».

Embora não tenha havido dificuldade em cancelar os pedidos realizados, a Deco informa que tanto a informação oral como a escrita disponibilizada «foi incompleta». Mais: em mais de um quarto das agências de viagens, o atendimento foi «despachado» com a entrega de catálogos de viagens organizadas, o que, no entender da associação, «demonstra falta de disponibilidade para ajudar o consumidor a fazer a sua escolha». Das analisadas, 14 nem indicaram o preço total da viagem, mesmo «após alguma insistência».

Das 107, a Defesa do Consumidor comprou uma viagem ao norte de África em 20 agências e não teve nada a apontar na atitude comercial dos funcionários. Mas nesta etapa também se registaram falhas: por exemplo, 10 das marcas analisadas não entregaram o documento com o preço total da viagem.

Nenhuma agência acima de «Bom»

Em matéria de apreciação global, a DECO não vai além de «Bom» na classificação, uma distinção aplicada à Bojador-Turismo e Viagens, de Valongo, e a dois espaços no Grande Porto da Coraltur e da Halcon Viagens, respectivamente.

A associação lembra que na sua pesquisa detectou que várias agências não cumprem a lei e recorda que os consumidores devem, em caso de problemas, reclamar quer junto das próprias, através do Livro de Reclamações, quer junto do Provedor do Cliente das agências de viagens.

Recorde-se que DECO recebeu, no primeiro trimestre deste ano, uma média diária de 10 queixas ou pedidos de informação sobre a actuação de agências de viagens, ou seja 930 no primeiro trimestre. De acordo com a agência «Lusa», entre as queixas, destacam-se os casos em que o cliente considerou que o hotel não correspondia às expectativas ou ao apresentado na brochura.
Continue a ler esta notícia

Relacionados