O presidente da Confederação da Industria Portuguesa (CIP) considera como «apenas uma orientação» o conselho do governador do Banco de Portugal, que na segunda-feira admitiu
aumentos salariais entre 1 e 1,5 por cento.
«Os privados são livres de fazer o que entendem», disse Francisco Van Zeller à Lusa, à entrada para o III Encontro Ibero-Americano de Interlocutores Sociais, que decorre no Hotel Sana, em Lisboa.
E acrescentou: «Se quiserem suicidar-se e darem aumentos, pois que o façam».
Já as centrais sindicais receberam mal as palavras de Vítor Constâncio, classificando-as como «uma vergonha» e afirmando que as empresas precisam de ganhar competitividade não há custa dos salários mas sim da sua modernização.
Pacto para o Emprego é um «fogacho»
Para Van Zeller, o Pacto para o Emprego, anunciado pelo Governo no arranque da legislatura, é apenas um conjunto de «boas intenções» e será insuficiente para a recuperação do mercado laboral.
«É muito difícil. São boas intenções. Mas intenções só», o presidente da CIP, para quem o pacto é «fogacho» criado para, de alguma forma, responder à «pressão» dos agentes económicos, uma vez que é necessária a «criação sustentável de emprego e de rendimentos».
Patrões vêem palavras de Constâncio como uma «orientação»
- Redação
- RL
- 24 nov 2009, 11:47
Governador do Banco de Portugal aponta para aumentos salariais entre 1 e 1,5 por cento para o sector privado
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