Poupe nos créditos - TVI

Poupe nos créditos

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Os portugueses queixam-se que não conseguem poupar.

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Muitas vezes, a culpa é, em parte, dos créditos contratados, cujas despesas são elevadas. Aprenda a poupar também nos empréstimos.

A DECO lembra que os consumidores deverão garantir que o peso dos encargos com os créditos no seu rendimento familiar (chamada taxa de esforço) nunca ultrapassa os 40%. «Só assim conseguirão cumprir todas as obrigações, empréstimos e outras», dizem.

Antes de contratar um crédito, é preciso recolher diversas propostas de financiamento e compará-las. «Informe-se sobre as condições de financiamento (comissões, seguros exigidos, impostos legais, penalizações por reembolso antecipado) e não se deixe levar por publicidade aliciante», alerta a associação, num folheto que será distribuído hoje, Dia Mundial da Poupança, pela delegação algarvia.

TAEG: a chave da poupança

Para comparar as diferentes propostas, verifique o valor da TAEG (que traduz o custo real do crédito). Esta taxa é composta pelos juros, os prémios dos seguros, as despesas de aprovação do crédito, o imposto de selo, etc. Quanto mais baixa é a TAEG, mais barato é o empréstimo.

No crédito à habitação deve negociar o spread (equivale, grosso modo, à margem de lucro do banco). E não se iluda com as campanhas dos bancos que anunciam um spread 0%. Não se esqueça que, geralmente, isto é uma promoção que só será aplicada no início do contrato. Ou seja, dura poucos meses, depois, os encargos sobem.

É prático contratar um crédito na loja, mas, regra geral, alerta a DECO, as TAEGs são muito elevadas, logo, «o crédito é caro». Algumas lojas anunciam créditos sem juros para prazos mais reduzidos, até seis ou dez meses. Antes de contratar, verifique se o preço é competitivo e que não são aplicados custos «extra», recomenda a DECO.

Por fim, a associação lembra que o cartão de crédito cobra juros muito elevados, regra geral as taxas rondam os 20 a 30%. Por isso, se não puder mesmo viver sem ele, e tiver de o utilizar, «procure efectuar o pagamento da dívida na totalidade e no período de 20 a 50 dias, que é o período de crédito sem juros».

Às vezes as coisas complicam-se

Pode acontecer que, decorrente de uma situação de desemprego ou de doença, os rendimentos deixem de ser suficientes para fazer face às despesas.

«Ao surgirem as primeiras dificuldades de pagamento das prestações, muitas pessoas deixam de verificar a correspondência recebida e de contactar as entidades de crédito», refere a DECO, acrescentando que isso é um erro: «o valor das dívidas tende a aumentar».

O que deve fazer é contactar sempre as entidades credoras e apresentar-lhes a sua situação para que seja encontrada uma solução. «O pior que pode fazer é deixar arrastar o problema. Nunca contrate um crédito para pagar prestações de outro crédito», conclui.
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