Aborto: Sócrates pede respeito aos militantes - TVI

Aborto: Sócrates pede respeito aos militantes

  • Portugal Diário
  • 5 jan 2007, 17:37

Secretário-geral apelou às estruturas do PS que se mobilizem no combate à abstenção

O secretário-geral do PS apelou quinta-feira à noite para que as estruturas do seu partido se mobilizem no combate à abstenção no referendo sobre aborto e tenham «respeito total» pelos cidadãos e militantes a favor do não, noticia a agência Lusa.

As posições de José Sócrates foram assumidas durante uma reunião com os presidentes das federações do PS - a primeira de uma série de encontros internos p ara mobilizar o partido do Governo em defesa do «sim» à despenalização do aborto no referendo de 11 de Fevereiro.

Na reunião, que durou menos de duas horas, além de José Sócrates e dos presidentes das federações, estiveram presentes em representação do Secretariado Nacional do PS Edite Estrela (que, juntamente com Maria de Belém, será um das coordenadoras da campanha para o referendo), Marcos Perestrello e José Lello.

De acordo com dirigentes federativos presentes na reunião, o secretário-geral do PS sublinhou que o seu partido, durante a campanha para o referendo, deverá assumir-se como «um espaço de pluralismo e de liberdade», para mais numa «questão de consciência individual» como o aborto.

Nesse sentido - e apesar de o PS ter a posição institucional de ser a favor do «sim» no referendo ao aborto -, José Sócrates apelou aos presidentes das federações socialistas para que preservem sempre uma atitude de «total respeito» em relação a militantes ou cidadãos que sejam contra a despenalização da interrup ção voluntária da gravidez até às dez semanas.

Além da atitude de tolerância face a posições contrárias ao sim, José Sócrates apelou aos presidentes das federações para que mobilizem as suas estruturas partidárias contra a abstenção, alegando ser fundamental credibilizar o instituto do referendo.

Em termos de discurso, o secretário-geral do PS referiu que os socialistas deverão assumir uma linha de «moderação», defendendo o voto no «sim» não para liberalizar o aborto, mas para que a lei deixe de criminalizar a interrupção da gravidez quando praticada nas primeiras dez semanas.
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