Sonae e banca arrastam bolsa para fecho negativo

A bolsa em Lisboa fechou a perder, em linha com a tendência das restantes praças europeias, no dia em que o Banco Central Europeu decidiu manter a taxa de juro de referência para a Zona Euro nos 4%.

O índice PSI20 perdeu 0,70 por cento, para os 12.327,70 pontos. Lá por fora, o FTSE cedeu 0,80%, o CAC recuou 0,64%, o IBEX perdeu 0,54% e o DAX desvalorizou-se em 0,89%.

A impedir a bolsa de maiores perdas ficou a Galp Energia que escalou 4,30% para os 16,01 euros. A Morgan Stanley reviu em alta a avaliação para as suas acções, atribuindo à Galp um preço-alvo de 19,50 euros.

Ainda na energia, a EDP ganhou 0,89% para os 4,54 euros, enquanto a REN encerrou estável nos 3,45 euros.

Nota positiva para a Portugal Telecom (PT) que trepou 0,43% para os 9,40 euros. Já a PT Multimédia (PTM) ficou estável nos 9,05 euros, depois do Tribunal da Relação de Lisboa ter negado o recurso apresentado pela dona da Tv Cabo para a impugnação de uma coima de 200 mil euros, que foi aplicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, no âmbito de uma contra-ordenação muito grave por ilícito da difusão de informação aplicada pela empresa. A Sonaecom derrapou 4,26% para os 2,92 euros.

Já a Sonae SGPS caiu 5,59% para os 1,35 euros, com a notícia de que o grupo de Belmiro de Azevedo já perdeu 467 milhões de euros, em seis dias. A Sonae Indústria liderou as perdas ao ceder 7,33% para os 5,18 euros.

Na banca, o BCP perdeu 1,46% para os 2,70 euros. O «Diário Económico» de hoje diz que a Teixeira Duarte retirou o apoio à lista de Miguel Cadilhe para o «executive board» do banco, deixando o caminho aberto para Santos Ferreira ganhar a eleição da assembleia-geral de 15 de Janeiro.



Ainda no sector, o BES recuou mais de 2,53% para os 13,86 euros, enquanto o BPI desvalorizou 3,10% para 4,69 euros.A Lehman Brothers reviu em baixa as suas estimativas de lucros e também os respectivos «targets» tanto para o BCP como para o BPI.

Quem derrapou mais de 4% foi a Jerónimo Martins e a Impresa, com a Altri a desvalorizar-se em mais de 5%.

Nos Estados Unidos, os mercados seguem também a negociar em queda, à espera do discurso da Reserva Federal norte-americana (FED) que deve voltar a baixar as taxas de juro.