Portugal Telecom lança canal generalista para massificar TV Cabo - TVI

Portugal Telecom lança canal generalista para massificar TV Cabo

PT vai dispensar até 1500 trabalhadores

A criação de um canal generalista de forma a massificar os acessos à televisão por cabo e o lançamento de uma oferta «triple play» são dois dos itens da «nova agenda da Portugal Telecom», anunciada sexta-feira por Miguel Horta e Costa em Nova Iorque.

Sublinhando que o novo canal está ainda numa fase embrionária, Miguel Horta e Costa explicou que a PT pretende desenvolver um negócio baseado na angariação de publicidade, com o objectivo de reduzir o preço da oferta base da TV Cabo, avança hoje o «Diário Económico».

Paralelamente a operadora está a estudar a possibilidade de lançar ofertas integradas de voz, internet e vídeo tanto na infra-estrutura de cabo, como na rede fixa. «Ao contrário do que pensávamos há três anos, em que considerávamos que uma oferta «triple play» poderia ser redundante, agora queremos rever essa estratégia», afirmou Horta e Costa, citado pelo mesmo jornal.

A PT mantém a intenção de vir a oferecer minutos de conversação na assinatura mensal, com o presidente da operadora a propor a utilização de tarifas planas como forma de combater o VoIP (voz sobre protocolo de internet): «Não é possível continuar a ter tarifas baseadas no tempo e no espaço». Apesar das intenções do incumbente, esta estratégia está condicionada ao quadro legal. Recorde-se que os regulamentos do sector proíbem a PT de colocar no mercado qualquer oferta que não esteja tanto disponível no «wholesale», para que possa ser replicada pelos concorrentes.

O CEO da operadora justificou o «novo ciclo na vida» da empresa com os «desafios colocados aos incumbentes pela inovação tecnológica, a consolidação do sector, designadamente de crescimento orgânico». «Estamos a crescer abaixo do que são as expectativas para um grupo como nós», reconhece Miguel Horta e Costa, acrescentado que a «agenda» apresentada é para cumprir até 2007-2008, altura em que a operadora espera «voltar a estar na liderança do sector a nível europeu em termos de indicadores financeiros e de performance».

O presidente da PT explicou aos jornalistas que o programa agora divulgado foi apresentado ao ministro da tutela e aprovado por unanimidade em conselho de administração.

Miguel Horta e Costa termina o mandato em Dezembro de 2005, ficando na presidência da empresa até Abril, altura em que decorre a assembleia-geral para aprovação de contas e eleição dos novos órgãos sociais.

Horta e Costa «pouco confiante» no concurso na Tunísia

Miguel Horta e Costa está pouco confiante quanto ao desfecho do processo de privatização da Tunisie Telecom. «O Norte de África tem vindo a ser assumido com enorme interesse pelos operadores dos países vizinhos e a concorrência é muito forte», afirmou o CEO da operadora portuguesa.

O CEO da empresa confirmou, ainda, que a PT está a elaborar um a candidatura independente da Telefónica, não tendo descartado a possibilidade de replicar na Tunísia a parceria de Marrocos. Relativamente à política de expansão, o CEO da PT reafirmou a intenção da operadora portuguesa em manter a focalização no Brasil e nos PALOP. «O que tem vindo a credibilizar o processo de internacionalização é a aposta racional em mercados com mais valias naturais», explicou Horta e Costa.
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