BES gostaria de ter 8% na PT Multimédia após spin-off - TVI

BES gostaria de ter 8% na PT Multimédia após spin-off

BES, Ricardo Salgado

O Banco Espírito Santo (BES) gostaria de ter uma participação de cerca de oito por cento na PT Multimédia (PTM) após-spin off, idêntica à que o BES tem no grupo Portugal Telecom (PT), disse Ricardo Salgado, Chief Executive Officer (CEO) do BES, avança a «Reuters».

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A PT detém 58,43% da PTM e os accionistas do incumbente de telecoms aprovaram em Assembleia Geral (AG) o «spin off» desta, que tem o maior operador de cabo de Portugal.

O «spin off» está previsto ocorrer em 2007 e, após aquela separação, o BES passaria a ser o segundo maior accionista da PTM com uma posição de 13%, atrás da estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) com mais de 15%.

«Eu gostaria de manter uma posição financeira na PTM, mas será certamente mais pequena do que aquela que nos vier a ser atribuída pelo spin-off das acções e a distribuição das acções», disse Ricardo Salgado.

«Não sei, pela posição que temos na PT, acredito que uma participação financeira poderá rondar isso mesmo: nós temos 7,7%, 8% (da PT). Sim, talvez», disse, quando interrogado se quer ter a mesma posição na PTM que tem actualmente na PT.

Este «spin off» vai resultar na separação entre a rede de telecoms fixas de cobre e de cabo, uma operação pretendida pelo Governo que quer aumentar a concorrência neste sector e que tem sido defendida pelos reguladores.

Após esta separação a PTM deverá ser o grande concorrente directo da PT, referindo os analistas que as duas redes deverão oferecer o triple-play, voz, dados e Internet.

Os accionistas da PTM têm os seus direitos de voto limitados a um máximo de cinco por cento.

«O BES está à espera que os reguladores indiquem qual é a visão que têm para as componentes accionistas dos dois lados, PT e PTM, para tomarmos uma posição, mas será sempre uma posição financeira minoritária (na PTM)», afirmou.

Recorde-se que o BES tem 7,77% do grupo PT e Ricardo Salgado adiantou: «a participação da PT continuará intacta, nós somos um dos pilares accionistas da PT, em Portugal».

Recentemente, a CGD adquiriu 10,6% da PTM que eram detidos pelo Barclays Bank, reforço que o CEO do BES acha «que é salutar porque, pelo menos, garante alguma estabilidade (accionista) à PTM».
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