Água dos rios com pior qualidade

A associação ambientalista Quercus denunciou, esta segunda-feira, o agravamento da má qualidade da água dos rios do país, exigindo às autarquias e ao Governo intervenção para «acabar com as fontes de poluição que persistem», escreve a Lusa.

Em comunicado, a Quercus revela que, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (disponível no sítio da Internet www.inag.pt), cerca de 38 por cento dos recursos hídricos superficiais monitorizados em 2008 revelaram qualidade má ou muito má, «resultado ligeiramente pior do que em 2007», que foi de 36 por cento.

Segundo a associação nos doze locais com muito má qualidade estão Santo Adrião no Rio Vizela, a foz do Corgo no Rio Douro, a ponte Minhoteira no Rio Antuã, e a ponte Arrabalde e Monte Real no Rio Lis.

No mesmo lote, estão ainda a ponte da Ribeira no Rio Alviela, a ponte de Freira no Rio Maior e a ponte Ota na Ribeira da Ota.

A ponte do Aranha no Rio Sizandro, o porto da Carvoeira no Rio Lizandro, a ponte Canas no Rio Trancão e o cais de Alcoutim no Rio Guadiana estão também no grupo de locais com muito má qualidade da água em 2008.

Para a Quercus, «a qualidade da água nos rios portugueses tem vindo a apresentar resultados preocupantes ao longo dos últimos anos».

No mesmo comunicado, a associação ambientalista anunciou ter feito análises pontuais em 23 locais distintos de rios, à semelhança do que fizera também em 2008, dada a inexistência de dados disponíveis para o corrente ano.

«Da comparação dos resultados obtidos pela Quercus em 2008 e 2009 destaca-se um aumento de 10 por cento na classificação má, de 25 por cento em 2008 para 35 por cento em 2009, e um aumento da classificação boa ou excelente, de 25 por cento em 2008 para 40 por cento em 2009», refere a associação.