Portugal está a ajudar os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) a criar mecanismos ambientais na área do protocolo de Quioto, recebendo em troca créditos no âmbito das emissões de carbono, refere a Lusa.
«Portugal precisa de créditos de carbono, e tem aqui um caminho estrategicamente muito interessante, porque pode obter créditos de carbono e ao mesmo tempo estreitar relações» com esses países, disse o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.
Em entrevista, no final de uma visita de três dias a Cabo Verde que hoje terminou, Nunes Correia explicou que Portugal tem vindo a assinar protocolos «praticamente com todos os países da CPLP», sendo que já o fez com os cinco países africanos, Guiné-Bissau em 2005, Moçambique em 2006, e Angola, Cabo Verde e S. Tomé no ano passado.
Portugal, explicou o ministro, vai apoiar a criação da Autoridade Nacional Designada desses países, uma entidade que terá nomeadamente a competência de aprovar projectos passíveis de reduzir os efeitos das alterações climáticas.
A criação da Autoridade é necessária no quadro do protocolo de Quioto e permite aos países beneficiarem de projectos de cooperação em áreas ambientais.
Isso é «bom para os países que fazem cooperação, porque obtém créditos de CO2 (dióxido de carbono), e é bom para os países que recebem essa cooperação, porque os ajuda a trilhar um caminho positivo do ponto de vista de emissões» de gases, frisou Nunes Correia.
Portugal recebe créditos de CO2 com ajuda aos PALOP
- Redação
- CR
- 15 fev 2009, 10:05
Apoio na criação de mecanismos ambientais na área do protocolo de Quioto
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