Galp e EDP disponíveis para formar consórcio na energia das ondas - TVI

Galp e EDP disponíveis para formar consórcio na energia das ondas

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Para que se promova a extracção deste tipo de energia só juntando as empresas todas e os tecnólogos, defende Ferreira de Oliveira

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A Galp Energia e a EDP disseram, esta segunda-feira, que estavam disponíveis para formar um consórcio conjunto e também com outras empresas para investir em projectos de energia das ondas.

A petrolífera, que admite já ter gasto «algum dinheiro» para a investigação desta tecnologia, considera que se não houver uma cooperação total entre os vários actores do sector, não será possível utilizar esta fonte para gerar energia em Portugal.

«A Galp já gastou algum dinheiro para saber o que fazer para extrair energia do mar e concluiu que sozinhos não conseguimos fazer nada», afirmou o presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, no seminário «Energias renováveis e marinhas em Portugal», organizado pela WaveEnergy Centre.

E acrescentou: «Em Portugal, para que se use e promova a extracção de energia das ondas ou eólica offshore só juntando as empresas todas e os tecnólogos é que conseguimos fazer um projecto. Se não o fizermos, ocupamo-nos uns aos outros e destruímos a riqueza que temos no mar». Para o mesmo, os grandes obstáculos desta tecnologia, para que uma empresa de dimensão portuguesa entre, prendem-se com os desafios, riscos e tempo que demora a ser implementada.

Por seu lado, Jorge Cruz de Morais, administrador da EDP, referiu: «Estamos completamente disponíveis para investir e actuar neste processo».

«Houve um conjunto de empresas que apresentam uma candidatura à constituição de um pólo de competitividade para a energia e precisamente uma dessas áreas é o offshore, que pretende ser o catalisador», adiantou, sublinhando que este pólo está aberto a «todos». De momento, já fazem parte, para além destas duas empresas, a Efacec, a Martifer e o MIT.

Para Cruz de Morais, o que falta para o offshore ser uma realidade é que a «tecnologia esteja comprovada e que seja rentável».

A Galp sugeriu ainda que a melhor forma para as empresas entrarem neste tipo de projectos é através de um agrupamento complementar de empresas (ACE). «Quem quiser estar, é bem-vindo», comentou.

Ambas as empresas adiantaram que, neste momento, já existe um projecto chamado Ondas de Portugal que pretende agregar todas as iniciativas.

De referir que este mercado em Portugal está avaliado em cinco mil milhões de euros.

As acções da Galp Energia fecharam disparar 14,29% para 8,16 euros.
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