Vivo regista lucros de 80,3 milhões no primeiro semestre

A Vivo registou um lucro de 196,7 milhões de reais (80,3 milhões de euros), no primeiro semestre de 2008, informou esta quarta-feira a operadora detida em partes iguais pela Portugal Telecom (PT) e Telefónica.

Segundo a «Lusa», o resultado compara com um prejuízo de 41,7 milhões de reais (17,02 milhões de euros, ao câmbio actual), no primeiro semestre do ano passado.

Contribuíram para o resultado o aumento das receitas, com a consolidação dos resultados da operadora Telemig Celular, adquirida em Abril, e o controlo dos custos, salientou o presidente da empresa, Roberto Lima.

«Foi um trimestre de destaque, com os resultados consolidados com a aquisição da Telemig Celular, no dia 03 de Abril», sublinhou o executivo, numa conferência para analistas de mercado.

«O resultado mostrou a capacidade de integração da Telemig Celular, com mais de quatro milhões de utilizadores e três mil colaboradores, num tempo recorde e sem interrupção dos serviços», afirmou.

O EBITDA aumentou 33,8 por cento para 2,18 mil milhões de reais (889,7 milhões de euros), no período em análise.

A margem EBITDA foi de 29,2 por cento, nos seis primeiros meses de 2008, o que representou um aumento de 4,2 pontos percentuais, em relação ao primeiro semestre do ano passado.

A Vivo registou uma receita de 7,47 mil milhões de reais (3,05 mil milhões de euros), um aumento de 14,6 por cento, no período em análise, com destaque para a subida da venda de serviços de transmissão de dados.

Custos operacionais aumentam mais de 8%

No mesmo período, os custos operacionais aumentaram 8,2 por cento para 5,28 mil milhões de reais (2,15 mil milhões de euros), resultado do aumento de gastos com interconexão com outras operadoras.

Roberto Lima sublinhou que a Vivo encerrou Junho de 2008, com 40,4 milhões de utilizadores, um aumento de 19,4 por cento em relação a Junho de 2007, e uma quota de mercado de 30,4 por cento.

Os investimentos da maior operadora do Hemisfério Sul aumentaram 200,9 por cento para 1,83 mil milhões de reais (746,9 milhões de euros), no período em análise.

O aumento dos investimentos foi resultado da expansão da cobertura da operadora para a região Nordeste do Brasil e da aquisição de licenças de terceira geração.