Portugueses leram menos jornais - TVI

Portugueses leram menos jornais

  • Portugal Diário
  • 30 mar 2007, 19:46

Compraram menos 12 mil exemplares em 2006. Correio da Manhã continua na liderança

Os leitores portugueses de jornais diários compraram menos 12,7 mil exemplares por edição no ano passado do que em 2005, tendo o Correio da Manhã mantido a liderança do mercado ao ser o único diário a ultrapassar os 100 mil exemplares, escreve a Lusa.

Entre Janeiro e Dezembro de 2006, o segmento - que engloba os títulos 24horas, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Público - vendeu um total de 329.609 exemplares por dia, menos 3,7 por cento em comparação com 2005, altura em que as vendas superaram as 342 mil unidades, segundo os dados hoje divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT).

O diário mais vendido do país continuou a ser o Correio da Manhã que, apesar de uma perda de 1,6 por cento, foi o único a manter-se acima dos 100 mil exemplares vendidos por cada edição e a ver quase inalterados os níveis de circulação.

Com uma média diária de 111.942 exemplares vendidos em banca ou por assinatura, este jornal do grupo Cofina acabou por perder cerca de 1.843 compradores durante o ano 2006.

Os jornais que mais contribuíram para a quebra do segmento foram o 24horas e o Público, uma vez que foram os diários que verificaram as maiores descidas face a 2005.

O diário de cariz popular 24horas, detido pela Global Notícias (Controlinveste) de Joaquim Oliveira, perdeu 15 por cento de compradores, passando a ter uma circulação media paga de 41.462 exemplares, ou seja, menos 7.333 unidades em comparação com 2005.

A circulação paga do Público também se reduziu em 2006, tendo este diário do grupo Sonae vendido menos 4.807 exemplares por dia, o que representou uma queda de 9,8 por cento. O jornal fixou os níveis de circulação nas 44.187 unidades diárias, segundo os dados da APCT.

Os títulos Diário de Notícias (DN) e Jornal de Notícias (JN), ambos detidos pela Global Notícias, foram os únicos jornais do segmento a registarem um saldo positivo.

O DN, que conta desde o início deste mês com uma nova direcção liderada por João Marcelino, conseguiu aumentar em 1.022 unidades a circulação média paga registada em 2006, passando a vender 36.558 unidades, enquanto o JN registou um aumento de 0,2 por cento e fixou os níveis nos 95.460 exemplares.

As revistas

A Sábado foi a única revista semanal de informação generalista que aumentou as suas vendas no ano passado, embora a Visão se tenha mantido como a que mais vende.

A Sábado, lançada em 2003 pelo grupo Cofina para combater a Visão da Impresa, vendeu no ano passado uma média de 56.540 exemplares por edição, refere a análise da Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens e Circulação (APCT).

Este número representa uma subida de 16,3 por cento face a 2005, o que, em termos absolutos, significa um crescimento de quase 8 mil exemplares por semana.

Crescimento que vem mostrando desde a sua criação, já que, em 2004, a Sábado vendia pouco mais de 36 mil exemplares por semana.

A Visão e a Focus, "newsmagazine" detida pelo grupo Impala, venderam em conjunto, no ano passado, menos cerca de 6 mil exemplares do que em 2005. Em 2004, esta publicação apresentava vendas médias de 102.400 exemplares.

A Visão continuou, no entanto, a manter a preferência entre os compradores de revistas semanais generalistas ao vender uma média de 92.748 a cada semana.

Ainda assim, este valor mostra uma queda nas vendas de 4,8 por cento, ou seja, de mais de 4.700 exemplares por edição.

A Focus regista também uma tendência de queda, tendo perdido 7,9 por cento dos compradores que tinha em 2005.

No ano passado, este título registou uma circulação média paga (vendas em banca e por assinatura) de 15.444 exemplares por edição, menos 1.320 do que em 2005 e menos cerca de 8.200 do que em 2004.
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