Metro do Porto: Guilherme Pinto diz que há acordo

O presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Rui Rio, referiu este sábado que «ainda há detalhes a esclarecer» para haver acordo sobre o Metro do Porto, mas o seu vice-presidente Guilherme Pinto afirma desconhecer qualquer ponto de desacordo, noticia a Lusa.

«São questões que para alguns podem ser consideradas pormenores, até porque são fáceis de resolver, mas têm que ser resolvidas para que haja acordo», afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no final da sessão «Liderança e Competitividade», que decorreu no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, incluída no programa da visita do primeiro-ministro, José Sócrates, ao Porto.

À Lusa o vice-presidente da JMP, Guilherme Pinto, presidente socialista da Câmara de Matosinhos, afirmou não conhecer qualquer pormenor que possa estar a impedir o acordo que permitirá o arranque da segunda fase de expansão da rede do Metro do Porto.

«Para mim e para a generalidade dos autarcas da JMP, estão criadas as condições objectivas que permitem a assinatura do acordo. Terá que perguntar ao Dr. Rui Rio quais os detalhes que o impedem», afirmou Guilherme Pinto.

O autarca referiu que até já nem é problema a questão do calendário para o arranque da duplicação da linha da Trofa, um dos pontos de discórdia inicial.

«Não há ainda projecto de execução nem estudo de impacto ambiental para a linha da Trofa, pelo que a essa obra nunca poderá ser das primeiras a avançar», afirmou Guilherme Pinto.

Rio quer acordo que valorize a AMP

Rui Rio concordou com a afirmação do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que durante a sessão no Aeroporto afirmou que, nesta matéria, os interesses particulares se devem submeter aos gerais e frisou que a sua prioridade é «assinar um acordo que valorize o serviço que o Metro do Porto faz à Área Metropolitana do Porto».

O presidente da JMP escusou-se a esclarecer quais os pontos que estão a impedir o acordo.

«Isso seria fazer o mesmo que o senhor ministro tem feito», afirmou, acrescentando que as negociações não podem ser efectuadas em público.

«Se afirmarmos em público aquilo que para nós é fundamental, estaremos a dificultar o acordo», afirmou.

A este propósito, o autarca elogiou o discurso do primeiro-ministro sobre esta matéria, mais aberto, contrastando com as posições mais fechadas do ministro Mário Lino.

No seu discurso durante a sessão «Liderança e Competitividade», o primeiro-ministro afirmou que «o Governo olha para o futuro do desenvolvimento do Metro como um projecto da maior importância nacional, que merece uma consideração especial».

Sócrates reiterou que as negociações para o avanço da segunda fase do projecto estão «perto do final».