Mais mil agentes na PSP e 1200 na GNR

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou hoje no Porto a admissão, em 2008, de mais mil agentes da PSP, que se juntarão aos 1.200 que serão admitidos pela GNR.

«Em conjunto, ao longo dos próximos anos (2008/2009), será também encaminhado para o trabalho operacional um número elevado de elementos das forças de segurança, actualmente ocupados com tarefas de índole administrativa ou burocrática», acrescentou Rui Pereira.

Segundo o ministro, que falava na cerimónia comemorativa do 140.º aniversário do Comando Metropolitano do Porto da PSP, «para substituir esses polícias será reforçada a componente de pessoal sem funções policiais».

Rui Pereira afirmou que, nos próximos cinco anos, se prevê «um aumento substancial do PIDDAC dedicado às forças e aos serviços».

«Está em fase de adjudicação um concurso referente à aquisição de um máximo de 50 mil pistolas de 9mm, já adjudicamos três mil coletes balísticos e compramos 1200 computadores portáteis para uso nas viaturas das forças de segurança», revelou Rui Pereira.

Nos próximos cinco anos, acrescentou o membro do Governo, «vamos proceder à substituição ou reabilitação de esquadras, postos e quartéis, à renovação da frota de patrulha, à ligação em rede de banda larga de todos os postos, quartéis e esquadras e à colocação em funcionamento do sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança em Portugal».

Novas instalações em Gondomar e Vila do Conde

Rui Pereira realçou que no Comando Metropolitano do Porto serão construídas, de raiz, novas instalações, nomeadamente as sedes de divisão de Gondomar e Vila do Conde e às esquadras de Fânzeres, Ermesinde, Valongo, Vila Nova de Gaia, Canidelo, Valadares e Afurada.

Estão ainda previstas obras de recuperação, ou adaptação, na sede de Divisão de Matosinhos e Águas Santas e nas esquadras de Póvoa de Varzim e de Santo Tirso.

Segundo o ministro, Portugal é o «nono país mais seguro do mundo, de uma lista de 120 de acordo com estatísticas internacionais credíveis», sublinhando que o trabalho da PSP do Porto tem contribuído para esta posição.

«Devemos registar que, durante o corrente ano, o número de crimes desceu cerca de quatro por cento em relação ao período homólogo do ano transacto e que esta descida já tem em conta a subida resultante dos crimes relacionados com maus-tratos e condução sob influência do álcool ou sem carta de condução», acrescentou.

Questionado pelos jornalistas sobre um comunicado da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, onde a ASPP/PSP lamenta que a comemoração dos 140 anos do Comando Metropolitano da PSP/Porto tenha incluído uma parada de tipo militar, o ministro disse que cerimónias desta natureza não são apenas próprias de instituições militares.

«A PSP é e continuará a ser uma força civil, mas é uma força de segurança que utiliza a força pública em nome do Estado para manter a ordem e a tranquilidade e defender os direitos», sustentou Rui Pereira.

No comunicado distribuído domingo, a Direcção Distrital do Porto da ASPP-PSP (ASPP-PSP/Porto) lamenta o «conservadorismo» da opção de incluir no programa «a tradicional formatura típica das estruturas militares, quando a PSP é legalmente uma instituição de cariz civil desde há muito tempo».