UnI: PJ investiga sete crimes

A Polícia Judiciária está a investigar a prática de um total de sete crimes, como fraude fiscal e corrupção activa, no processo de alegadas irregularidades na gestão da Universidade Independente (UnI), foi anunciado quinta-feira à noite, informa a agência Lusa.

Em comunicado entregue aos jornalistas junto às instalações do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, onde esteve a ser interrogado o ex-reitor da UnI, Luiz Arouca, a PJ revela que «em causa está a investigação da prática de crimes de fraude fiscal, abuso de confiança, burla agravada, falsificação de documento, corrupção activa, recepção ilícita de depósito e branqueamento».

O comunicado é assinado pela Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) e pela procuradora da República no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa. De acordo com a nota, o inquérito está a cargo da 3ª secção do DIAP, estando a investigação a ser realizada pela DCICCEF.

O comunicado refere ainda as medidas de coacção aplicadas aos três arguidos neste processo: o ex-vice-reitor da UnI, Rui Verde, um dos accionistas da SIDES, empresa que gere a universidade, Amadeu Lima de Carvalho, e o ex-reitor, Luiz Arouca.

«No âmbito do inquérito criminal em curso no DIAP de Lisboa, relativo à prática de ilícitos criminais associada à gestão da Universidade Independente, e na sequência de diversas diligências de busca, foram apresentados, nos dias 22 e 28 do corrente mês, pelo Ministério Público, a primeiro interrogatório judicial, três arguidos», recorda o comunicado.

«O mesmo juiz de instrução criminal determinou a aplicação das seguintes medidas de coacção: a dois dos arguidos, a medida de prisão preventiva», adianta a nota. «Ao terceiro arguido», foram aplicadas as «medidas de proibição de frequentar as instalações da UNI/SIDES e caução de 250 mil euros», acrescenta.