TAP: greves são coisa «do século passado» - TVI

TAP: greves são coisa «do século passado»

Tap

A concretizar-se, a paralisação pode custar à companhia aérea até 30 milhões de euros

Relacionados
A tensão entre os pilotos da TAP e a presidência da companhia aérea vai conhecer hoje novos contornos, em dia de reunião do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, com uma proposta de um mínimo de quatro dias de paralisação.

O presidente da TAP, Fernando Pinto, reagiu antes mesmo do encontro entre os funcionários, argumentando que as greves «são algo do século passado», cita a Lusa.

Fernando Pinto espera «bom senso» por parte dos trabalhadores, na discussão sobre os aumentos salariais propostos pela empresa. E reforçou: «Considero que greves são algo do século passado, ou do século anterior. Não é inteligente, porque retira completamente a capacidade da empresa de melhoria não só do salário como de competitividade».

Fernando Pinto sai da TAP no final do mandato

TAP considera-se atractiva para muitos investidores

O presidente da TAP coloca-se assim à defesa, ao lembrar que a companhia enfrenta «dificuldades» e que o «capital próprio é negativo. É uma empresa em recuperação».

Ainda assim, os pilotos não estão em sintonia com as propostas da empresa, que já tinha oferecido aos restantes sete sindicatos uma proposta de aumento salarial de 1,8% (faltando apenas a aprovação do Ministério das Finanças). Esse grupo de funcionários aceitou a oferta. Mas os pilotos continuam em luta.

Para esta classe profissional, a TAP ofereceu uma percentagem adicional indexada a ganhos de produtividade, mas «em Novembro, os pilotos apresentaram um valor muito mais alto, que não se podia de forma nenhuma pensar em considerar. A nossa proposta foi dizer que os valores eram impossíveis sequer de conversar, mas que existia a possibilidade de discutir o acordo de empresa de forma a ter ganhos de eficiência sem serem prejudiciais para os pilotos».

Essas mudanças «poderiam ajustar e melhorar a eficiência da empresa e até a vida do próprio tripulante». Fernando Pinto explicou ainda que os pilotos poderiam beneficiar das propostas da companhia, porque «em contrapartida, os ganhos que tivéssemos com isso, reais e mensuráveis, a TAP iria dividir: parte seria incorporada no salário e outra ficaria para a empresa».

Propostas que ficaram suspensas no ar, pelo menos por agora. De Novembro para cá, os pilotos ainda não entraram em acordo com a empresa. O braço-de-ferro pode chegar a prejuízos de 20 a 30 milhões de euros para a TAP, caso os pilotos voem para uma greve de quatro a seis dias.
Continue a ler esta notícia

Relacionados