Face Oculta: trabalhadores da PT exigem «toda a verdade» - TVI

Face Oculta: trabalhadores da PT exigem «toda a verdade»

Soares Carneiro

Colaboradores querem saber se houve ou não violação do Código de Ética na PT

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A Comissão de Trabalhadores do grupo Portugal Telecom exigiu esta segunda-feira «toda a verdade» sobre a eventual participação de elementos da administração da empresa no alegado plano para controlar a comunicação social, no dia em que Fernando Soares Carneiro renunciou ao cargo.

«A situação não deverá ficar por aqui, com a renúncia dos administradores executivos, Fernando Soares Carneiro e Rui Pedro Soares, pois é preciso apurar toda a verdade», disse em declarações à Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da Portugal Telecom, Francisco Gonçalves.

De acordo com o responsável «o Conselho de Administração deverá esclarecer a CT e todos os colaboradores da Portugal Telecom sobre este delicado assunto» e a Comissão de Auditoria deve «continuar o seu trabalho».

«Há que saber se houve ou não violação do Código de Ética da Portugal Telecom (PT), pois é o bom-nome e a credibilidade da empresa que estão em causa», frisou.

A Comissão de Trabalhadores reafirma que «todos aqueles que estiverem envolvidos, independentemente da sua posição na PT, devem demitir-se», disse Francisco Gonçalves.

Recorde-se que Fernando Soares Carneiro, que renunciou hoje ao cargo de administrador executivo da PT, assegura que não está relacionado com o alegado plano para a empresa de telecomunicações comprar a estação televisiva TVI.

Também o outro administrador, Rui Pedro Soares, renunciou quarta feira ao cargo de administrador da PT e, numa carta enviada ao Conselho de Administração da empresa, garantiu que nunca teve qualquer «comportamento indevido» e que não praticou actos «lesivos dos interesses» da empresa.

O semanário «Sol» transcreveu extractos do despacho do procurador João Marques Vidal, responsável pelo processo «Face Oculta», em que considera haver «indícios muito fortes» do envolvimento do Governo, «nomeadamente o primeiro-ministro», num plano de controlo de vários meios de comunicação social, além da TVI.
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