O administrador da Rave, Carlos Fernandes, afirmou que os acessos do TGV à margem sul propostos pela sua empresa jogam mais a favor da construção do novo aeroporto em Alcochete do que os propostos pela CIP.
«Se a CIP utilizasse as acessibilidades já estudadas pela RAVE, isso jogaria a favor de Alcochete e não contra», disse Carlos Fernandes, em declarações à agência Lusa.
Esta afirmação surge horas depois de o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco van Zeller, ter acusado o ministro das Obras Públicas de estar a accionar uma «campanha desesperada» para destruir o estudo que aponta Alcochete como melhor opção para o novo aeroporto internacional de Lisboa. E de o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, ter afirmado que «não admitirá que um qualquer funcionário do Ministério apareça a desclassificar o estudo» que aquela entidade irá apresentar este mês.
Para Carlos Fernandes, contudo, nenhuma destas afirmações se justifica, uma vez que «a avaliação feita pela Rave trabalha na hipótese Alcochete sem qualquer preconceito». Aliás, acrescenta que a empresa encarregue dos estudos da alta velocidade ferroviária em Portugal «nem sequer se pronuncia sobre a localização do novo aeroporto».
Segundo a análise feita pela Rave, há nas propostas da CIP para a linha de alta velocidade que serviria o aeroporto em Alcochete dois pecados capitais.
O primeiro é a chegada do TGV do Porto pela margem sul do Tejo: como esse trajecto tem mais 40 quilómetros de extensão do que o da margem norte (330 contra 290) isso significaria aumentar os custos de exploração e manutenção e, sobretudo, levar à perda de passageiros pelo aumento do tempo de viagem.
Aeroporto: RAVE também rebate críticas da CIP
- Portugal Diário
- 12 nov 2007, 20:50
«Se a CIP utilizasse as acessibilidades já estudadas pela RAVE, isso jogaria a favor de Alcochete e não contra»
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