A defesa do arguido no processo 'Fizz' Paulo Blanco prescindiu esta terça-feira de nove testemunhas já arroladas, à exceção do juiz Ivo Rosa, do banqueiro luso-angolano Carlos Silva e do responsável da sociedade Primagest.
Segundo o requerimento entregue no tribunal, o advogado Paulo Blanco continua a querer ouvir o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Ivo Rosa, o responsável da empresa angolana Primagest Manuel António Costa, o presidente do Banco Privado Atlântico, Carlos Silva e outras duas testemunhas.
Em relação ao testemunho da mulher de Paulo Blanco, a advogada Cristina Portela Duarte, aguarda-se ainda a dispensa do sigilo profissional, pela Ordem dos Advogados.
O processo Fizz assenta na acusação de que o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente corrompeu o antigo procurador Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos, um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril em 2008.
Após a separação da matéria criminal que envolve o ex-vice-presidente angolano, o processo tem como arguidos Orlando Figueira, o empresário Armindo Pires e Paulo Blanco.
O ex-procurador do DCIAP Orlando Figueira está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos; o advogado Paulo Blanco por corrupção ativa, em coautoria, branqueamento, também em coautoria, violação de segredo de justiça e falsificação de documento, em coautoria, e Armindo Pires por corrupção.