A Polícia de Segurança Pública (PSP) já indentificou alguns dos adeptos que insultaram Moussa Marega com cânticos e gritos racistas, no jogo do FC Porto frente ao Vitória de Guimarães, no domingo.
Ao que a TVI conseguiu apurar, as imagens de videovigilância têm sido fundamentais para a identificação dos suspeitos de infrações criminais e contraordenacionais.
Não foi adiantado o número de suspeitos identificados até ao momento, mas a PSP garantiu que continua as diligências para recolher informações e identificar outros envolvidos.
A PSP referiu, na segunda-feira, que este tipo de comportamentos racistas e xenófobos configuram "um crime previsto e punido no Código Penal", com uma pena de prisão de 6 meses a 5 anos, ou com uma coima entre 1.000 e 10.000 euros.
Toda a informação recolhida é enviada para o Ministério Público (MP) de Guimarães, no âmbito do processo crime, e para a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, que instaurou um processo contraordenacional.
O avançado dos dragões pediu para ser substituído, ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, depois de ter ouvido cânticos e gritos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que o FC Porto vencia por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Jogadores do FC Porto e também do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo.
O primeiro-ministro manifestou esta segunda-feira "total solidariedade" com o "grande cidadão" e jogador e salientou que todos os atos de racismo são crime e intoleráveis. Marcelo Rebelo de Sousa condenou os insultos racistas e disse que "o caminho do racismo, da xenofobia, e da discriminação representa a violação da dignidade".