O homem acusado de ter abusado durante vários anos de duas enteadas em Lisboa admitiu esta quarta-feira em tribunal ter tido relações sexuais consentidas com a mais velha, mas negou as restantes acusações, disse o advogado das vítimas.
O suspeito, de 50 anos, começou hoje a ser julgado nas Varas Criminais de Lisboa acusado dos crimes de abuso sexual continuado de uma menor (enteada mais nova), de uma adolescente (enteada mais velha) e ainda por violência doméstica e maus tractos perpetuados contra a mãe das duas crianças.
Os abusos sexuais da enteada mais nova tiveram início quando esta tinha oito anos. O padrasto foi detido a 21 de Janeiro passado e encontra-se em prisão preventiva desde então.
Na acusação, o Ministério Público sustenta que «o arguido agiu para satisfazer os seus instintos lascivos, com violação dos interesses de protecção do desenvolvimento da personalidade das ofendidas, suas enteadas, causando-lhes dor e sofrimento, bem como à respectiva companheira».
Em declarações aos jornalistas, no final da sessão, que decorreu à porta fechada, o advogado que representa as vítimas, Vasco Marques, contou que o arguido admitiu ter mantido relações sexuais com a enteada mais velha, mas que a relação era consentida.
«Ele assumiu que iniciou uma relação consentida com a mais velha quando, segundo ele, a rapariga já tinha 17 anos. Ele via-a com uma namorada», disse o advogado.
Já em relação aos outros crimes, o advogado disse que o arguido negou tê-los praticado, alegando tratar-se de uma «cabala».
Vasco Marques adiantou ainda que as vítimas vão pedir uma indemnização cível no valor de 60 mil euros.
Na próxima sessão deste julgamento, marcada para o dia 02 de Novembro, serão ouvidas seis testemunhas das vítimas e segundo o advogado poderá ficar concluída a fase das alegações finais. A agência Lusa contactou o advogado de defesa do arguido, mas não obteve resposta em tempo útil.
Acusado de pedofilia admite sexo com enteada
- tvi24
- CLC
- 12 out 2011, 17:24
Homem diz que jovem já tinha 17 anos e a via como namorada. Negou os outros crimes de abuso
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