A Fenprof acusa o Governo de ter encerrado as negociações sobre a prova de acesso à carreira de forma «uniliteral». O Ministério da Educação e Ciência (MEC) e os sindicatos dos professores voltaram esta segunda-feira a sentar-se à mesa para mais uma ronda negocial sobre a prova de acesso à carreira, criticada pelos docentes, sobretudo os que têm vínculo mais precário.
«Só faz coisas insuportáveis», acusou João Louceiro, da Fenprof, à saída das negociações, afirmando que os professores não cedem quanto à realização da prova e por isso o Governo terminou as negociações. «O Governo pretendia que a Fenprof fizesse «uma declaração de aceitação» da prova de acesso à carreira.
«Discordamos em absoluto com aquilo que foi apresentado sobre a realização da prova de acesso à carreira e à sua regulamentação», disse. No final da reunião, João Louceiro acusou o MEC de ter «apresentado um calendário relâmpago» para discutir uma matéria «tão delicada» numa altura em que a maioria dos professores está de férias.
A Federação Nacional da Educação (FNE) está ainda reunida no Ministério. As duas estruturas mais representativas dos professores defendem que esta negociação devia ser adiada para setembro, uma vez que o mês de agosto é o período de férias dos professores, não sendo possível ouvi-los sobre as matérias em discussão.
O Governo pretendia continuar a negociar com os sindicatos uma proposta que prevê que os professores não integrados na carreira docente terão de obter 14 valores em provas de avaliação para poderem lecionar.
Ministério encerrou «unilateralmente» as negociações, acusa Fenprof
- Redação
- CLC
- 5 ago 2013, 12:20
Em causa, está a prova de acesso à carreira docente
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