Mortes por sarampo diminuem 60 por cento - TVI

Mortes por sarampo diminuem 60 por cento

  • Portugal Diário
  • Lara Rosado
  • 19 jan 2007, 17:20

Em Portugal, no ano passado, só houve uma pessoa infectada pelo vírus

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que durante os últimos seis anos as mortes de crianças por sarampo diminuíram em 60 por cento, noticia a BBC.

Segundo um estudo publicado na revista médica The Lancet, a organização afirma que uma intensa campanha de vacinação salvou milhares de vidas desde 1999, superando o objectivo de reduzir as mortes para metade até 2005.

Na África, um dos países mais afectados pela doença, houve uma redução de 75 por cento devido aos esforços de governos nacionais e de organizações sanitárias.

Em países em vias de desenvolvimento, o sarampo pode matar até 30 por cento das crianças afectadas, pois as vitimas têm mais probabilidades de morrer por complicações da doença, como encefalite, pneumonia e diarreia.

O mesmo estudo publica ainda que o número de mortes por sarampo caiu de 873 milhões, em 1999, para 360 milhões, em 2005.

Próximas metas a atingir

O próximo objectivo, que será o mais difícil de cumprir, é reduzir, até 2010, o número de mortes para os 90 por cento, garantindo que as crianças tenham a oportunidade de receber uma segunda dose da vacina contra o sarampo, pouco depois da administração da primeira dose.

Os autores do estudo publicado acreditam mesmo que seja possível erradicar totalmente a doença, mas consideram que parece haver «pouco entusiasmo» para realizar o esforço necessário para isso.

Números em Portugal

Em Portugal, durante os últimos seis anos, o número de pessoas infectadas pelo vírus do sarampo tem diminuído consideravelmente, passando de 45 casos em 2000, para um caso em 2006.

Em 2005 registaram-se sete casos, mas seis deles vieram importados, ou seja verificaram-se em imigrantes. Esta foi a única oscilação entre 2000 e 2006.

«95 por cento das crianças portuguesas são vacinadas contra o sarampo», afirma ao PortugalDiário Judite Catarina, chefe da divisão de epidemiologia, da Direcção Geral de Saúde, para justificar o baixo número de pessoas infectadas com sarampo, em Portugal.

Relativamente ao número de mortos relacionados com a doença, verificaram-se quatro casos em 2000, contudo estes não derivaram directamente do sarampo. Em ambos os casos, as pessoas foram afectadas por uma pequena epidemia no princípio dos anos 90 e devido a sequelas provocadas por esta, acabaram por falecer dez anos mais tarde com panencefalite.
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