GNR «descura» prevenção e aposta na repressão - TVI

GNR «descura» prevenção e aposta na repressão

Acidente (arquivo)

16 mortos no primeiro fim-de-semana de férias é uma «autêntica catástrofe»

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Um dirigente sindical da Guarda considera que a GNR tem «descurado» o policiamento de proximidade e de visibilidade e isso poderá ter originado o elevado número de vítimas mortais registados nas estradas nos últimos três dias: 16 mortos.

Manuel Bancaleiro, dirigente da Associação de Profissionais da Guarda (APG), disse à Agência Lusa que a mortandade provocada pelos acidentes registados no início de Agosto, principal mês de férias, é uma «autêntica catástrofe».

«Há uma política de repressão e não de prevenção», lamenta, considerando que é com a consciencialização dos condutores e não com as multas que se diminui a sinistralidade rodoviária.

Para a estratégia de visibilidade que defende para a GNR na estrada diz serem importantes os meios aéreos prometidos em Maio de 2007, quando tomou posse o actual ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que tutela GNR.

«Não adianta investir em carros descaracterizados, pois só servem para reprimir», defende Manuel Bancaleiro.

Num comunicado emitido esta segunda-feira, a APG considera que a operação policial dos últimos dias devia ter «sido precedida de uma prevenção rodoviária efectiva por parte das entidades responsáveis, assente em campanhas de sensibilização amplamente divulgadas».

«Por outro lado, importa que se invista seriamente na afectação de mais meios humanos e materiais, apostando-se na eficácia», acrescenta a nota.

A associação exige ainda que o Governo tome medidas e corrija eventuais deficiências desta operação [a decorrer até 15 de Setembro] que, ao que tudo indica, «poderão comprometer o sucesso desta operação e atingir números verdadeiramente dramáticos».
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