«Não serão encerradas unidades de cuidados oncológicos» - TVI

«Não serão encerradas unidades de cuidados oncológicos»

Ministra da Saúde

Ministra diz que está indisponível para «transformar a dor e o sofrimento» dos doentes e familiares em arma de arremesso político-partidária

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A ministra da Saúde garantiu esta quinta-feira, no Parlamento, que não vão ser encerradas unidades de prestação de cuidados oncológicos e afirmou que está indisponível para «transformar a dor e o sofrimento» dos doentes e familiares em arma de arremesso político-partidária.

«O Governo não tem qualquer estratégia economicista ou qualquer intenção de poupança no que respeita à Rede de Referenciação Hospitalar em Oncologia em detrimento da qualidade de prestação destes cuidados especializados de saúde», afirmou Ana Jorge no debate sobre «A situação da oncologia em Portugal» requerido pelo PSD.

O PSD apresentou no Parlamento um projecto-de-lei que propõe a criação de uma Rede Nacional de Cuidados Oncológicos, com «maior autonomia e novas competências» para combater o cancro em Portugal, que mata anualmente 23 mil pessoas, segundo a deputada social-democrata Clara Carneiro.

O projecto-de-lei pretende ser um «contributo necessário» e «um passo em frente na melhoria do combate às doenças oncológicas em Portugal», em nome de «uma maior eficácia na articulação entre os serviços de saúde responsáveis pela prestação de cuidados nesta área», sublinhou Clara Carneiro.

Ana Jorge disse «respeitar» as iniciativas de vários partidos, mas «rejeitou em absoluto que a agenda partidária se queira sobrepor ao respeito que os doentes oncológicos merecem e ao respeito que é devido aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde».

«Não vale a pena agitar fantasmas»

«É bem mais fácil dizer algumas frases fortes e jogar com os medos e vulnerabilidades das pessoas do que garantir a qualidade, equidade e sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde e a organização dos cuidados de saúde», comentou.

A ministra fez ainda um apelo ao Parlamento: «Não vale a pena agitar fantasmas. O Governo não tem qualquer intenção de promover encerramentos de unidades de prestação de cuidados».

«Peço que nos concedam o reconhecimento de que o Ministério da Saúde, em circunstância alguma, visasse prejudicar a prestação destes cuidados a doentes que se encontram numa situação muito vulnerável», sustentou.

Comentou ainda que assistiu nos últimos dias «a uma autêntica correria dos vários partidos na procura de marcar a agenda política com o tema da oncologia», mas frisou que «não existem soluções mágicas, nem é qualquer iniciativa legislativa de última hora que resolve os problemas da falta de profissionais especializados», uma das «maiores carências» nesta área.
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