«Unidoses» começam a ser vendidas nas farmácias - TVI

«Unidoses» começam a ser vendidas nas farmácias

Ana Jorge, Ministra da Saúde

Ana Jorge anuncia, mas deputados ignoram iniciativa

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ACTUALIZADA ÀS 17h41

A ministra da Saúde anunciou, esta quarta-feira, que serão vendidos medicamentos em «unidose» nas farmácias da região de Lisboa e Vale do Tejo, «a título experimental».

«Ultrapassados os constrangimentos técnicos e encontradas soluções para os problemas de segurança, foi hoje publicada a portaria que regula a dispensa de medicamentos em unidose nas farmácias de venda ao público», disse Ana Jorge.

O anúncio surgiu durante a Comissão Parlamentar de Saúde, na Assembleia da República, e foi ignorado pelos deputados do PSD, PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP. Apenas o deputado Jorge Almeida, do PS, elogiou a iniciativa.

A venda de medicamentos em «unidose», perante prescrição médica, estará disponível nas farmácias de oficina e nas instaladas nos hospitais públicos, para «evitar o desperdício e permitir uma maior poupança».

Segundo a portaria, «podem ser dispensados em quantidade individualizada os medicamentos apresentados em forma oral sólido. O utente pode optar pela dispensa da embalagem mais aproximada, desde que igual ou inferior a 30 unidades, não podendo ser dispensadas em quantidade individualizada mais de 30 unidades de cada medicamento».

PSD já pensa na «herança»

A ministra da Saúde esteve na Comissão Parlamentar de Saúde, na 11ª vez, e última, que esteve na AR durante o seu mandato, para ser interrogada pelos deputados.

O social-democrata Carlos Miranda fez um balanço desta legislatura para destacar a «herança que vamos receber», numa alusão à possível vitória do PSD nas legislativas. O deputado acusou ainda a ministra de «fazer show-off» em relação à gripe A.

O comunista Bernardino Soares foi o mais interventivo, com várias questões concretas para Ana Jorge, nomeadamente sobre a falta de vacinas do tétano, a carreira dos enfermeiros e o financiamento público para hospitais privados.

João Semedo, do BE, criticou , a «mercantilização da actividade médica» e questionou o ministério sobre o atendimento da Linha de Saúde 24. «Até ao dia 31 de Maio, 93,6 por cento das chamadas ao primeiro contacto foram atendidas», respondeu o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.
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