Medicamentos: «Unidose só com estudos»

O PS chumbou esta quarta-feira o diploma do CDS-PP que recomenda ao Governo a prescrição de medicamentos em unidose, afirmando que a lei já o prevê e será executada após estudos técnicos que garantam a segurança da medida, escreve a Lusa.

Um deputado do PS, Ventura Leite, absteve-se na votação do diploma, que recebeu o voto favorável das restantes bancadas, que apontaram a «lentidão do Governo» em aplicar a medida, já prevista na lei.

«A dispensa por unidose é evidente. Poupa o Estado e poupa o utente», afirmou a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro, considerando «incompreensível que dois anos depois de aprovada a legislação» o Governo ainda não a tenha executado.

O combate ao desperdício de medicamentos e a poupança de «milhões de euros por ano» foram os principais argumentos do CDS-PP na apresentação do diploma, que recomenda igualmente ao Governo a generalização da prescrição de medicamentos por substância activa.

O deputado do PS Manuel Pizarro criticou o diploma por «ser redundante» uma vez que a lei já prevê a prescrição em unidose «adequadamente regulada» e aplicada nas farmácias do Serviço Nacional de Saúde.

«Nós queremos a unidose, mas não é a unidose que os senhores querem. Ou não conhece o mercado Roque Santeiro em Luanda onde se vendem medicamentos em unidose? Não é esse tipo de unidose que queremos para o nosso país», afirmou.

Logo «que os estudos técnicos que garantam a segurança e a avaliação do novo sistema estejam concluídos, exigiremos a sua operacionalização», afirmou o deputado do PS Jorge Almeida.