Português baleado na África do Sul - TVI

Português baleado na África do Sul

  • Portugal Diário
  • 14 fev 2008, 19:41

Foi atingido com dois tiros. Assaltantes queriam roubar-lhe o carro

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Um português de 29 anos encontra-se em estado crítico num hospital de Joanesburgo depois de ter sido baleado duas vezes por assaltantes, na noite de terça-feira, ao chegar a casa.

Segundo a polícia, Bruno Baptista acabara de chegar a casa, no bairro de Regents Park, no sul de Joanesburgo, cerca das 19:30, na terça-feira, quando três homens armados saltaram o muro que separa a sua residência da do vizinho.



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Os assaltantes, que a polícia afirma que pretendiam furtar o carro do português, dispararam três tiros contra um dos cães da vítima, que os atacou para proteger o dono. Quase em simultâneo, Bruno Baptista era atingido com dois tiros.

Uma vizinha, também de origem portuguesa, cuja filha é companheira de Bruno, chamou de imediato as autoridades e uma ambulância, chamando também a filha que chegou em poucos minutos.

Segundo Susan Ladeira, a companheira da vítima, o primeiro pedido de Bruno foi que salvassem o seu fiel «Tarzan», o cão que acabara de ser baleado ao tentar protegê-lo.

Transportado de urgência para o hospital Chris Hani Baragwanath, no Soweto, o português foi submetido a uma intervenção cirúrgica para remoção de uma bala alojada muito perto da coluna. Na quarta-feira, Bruno foi novamente operado por causa de ferimentos internos graves provocados pelos dois projécteis.

Segundo a inspectora Loraine van Emmerik, que lidera a investigação, nenhum suspeito foi ainda detido.

Baptista vive há alguns anos na África do Sul, onde ficou depois de os pais terem regressado a Portugal, há cerca de cinco anos. O irmão, Rafael, chegou na quarta-feira a Joanesburgo, num voo já marcado antes de saber da tragédia que se abateu sobre o irmão.

Segundo Susan Ladeira, Rafael tencionava procurar trabalho e estabelecer-se na África do Sul com o apoio do irmão. A companheira de Bruno Baptista está, no entanto, convencida de que «depois deste trauma, nenhum deles deverá permanecer no país».

O consulado-geral de Portugal em Joanesburgo tem estado em contacto com a família da vítima, tendo disponibilizado apoios de vária ordem, designadamente os serviços de um psicólogo.
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