Assalto banco: família de Wellington quer que pague pelos erros - TVI

Assalto banco: família de Wellington quer que pague pelos erros

Irmã fala num erro enorme que não liga a um passado de trabalho

A família de um dos assaltantes a uma dependência do BES em Lisboa, Wellington Rodrigues Nazaré, lamenta a «besteira muito grande» do brasileiro e defende que ele pague pelo erro cometido, informa a agência Lusa.

«O meu irmão nunca roubou, num momento de desespero fez uma besteira muito grande, mas não é uma pessoa ruim nem tem perfil de marginal», disse a irmã do assaltante. Roseli Nazaré afirmou que a família recebeu sexta-feira a notícia por meio de um familiar, que também reside em Lisboa, e que até ao momento não foi contactada pelas autoridades brasileiras ou portuguesas.

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«As informações que temos são muito vagas, ainda não sabemos bem o que vamos fazer. Meu irmão vai ter que pagar pelo que fez, mas que seja da melhor forma», disse.

O assaltante, de 23 anos, é natural da cidade de Coronel Fabriciano, a 210 quilómetros a Leste de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, na região Sudeste do Brasil.

Há cerca de um ano em Portugal, na sua primeira viagem para longe da família, Wellington Rodrigues Nazaré planeava regressar ao Brasil em Dezembro de 2008 para se casar com uma prima. Os preparativos da cerimónia de casamento já estavam a ser feitos, como o aluguer de um vestido de noiva e de um salão de festas, segundo avançou a irmã.

Informações divulgadas por jornais da cidade de Coronel Fabriciano afirmam que o assaltante não estava referenciado pela polícia local e que, antes de viajar para Portugal, trabalhava em hotéis da região.

Incertezas

«Não sabemos se será possível uma extradição para que a pena seja cumprida no Brasil. Queremos o que for melhor para ele», salientou Roseli.

Wellington Rodrigues Nazaré, actualmente internado na Unidade de Neurologia do Hospital São José, está desde sábado em prisão preventiva provisória. Logo que estiver em condições de saúde para se deslocar ao tribunal será interrogado por um juiz de instrução criminal que decidirá se mantém a prisão preventiva ou altera a medida de coação.

O Ministério Público acusa o brasileiro de cinco crimes de sequestro agravado e roubo de forma tentada, com penas de prisão entre 10 a 12 anos.
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