Universidades: quem explica a asfixia financeira? - TVI

Universidades: quem explica a asfixia financeira?

Universidade [arquivo]

PCP e BE exigem esclarecimentos do Governo. «A meio do ano lectivo já não há verbas para pagar os salários», acusam bloquistas

Relacionados
O PCP exigiu esta quarta-feira do Governo o reforço do financiamento das instituições públicas de Ensino Superior, enquanto o BE anunciou que vai chamar o ministro da tutela para pedir explicações sobre a «asfixia financeira» àquele sector.

«O Governo estrangula financeiramente as instituições, esmaga qualquer possibilidade de investimento [...] e não abre um único programa para acesso ao QREN [fundos comunitários] e depois culpabiliza-as pela situação e vai abrindo uma bolsa a conta-gotas na medida da submissão política que consegue», acusou o deputado do PCP Miguel Tiago.

Numa declaração política no Parlamento, o deputado disse esperar que o PS «pondere» a aprovação de um projecto de resolução entregue pelo PCP que prevê o reforço urgente do financiamento e o fim da política de contratos de saneamento financeiro. Sem esse reforço, considerou, «levará inexoravelmente à deterioração da qualidade do ensino e à degradação das condições e direitos laborais».

No mesmo sentido, a deputada do BE Ana Drago criticou a situação de «asfixia e penúria financeira em que vivem as instituições», alertando que «a meio do ano lectivo já não há verbas para pagar os salários».

«As propinas são maiores que há dez anos e mesmo assim não chegam para pagar os salários», frisou, assinalando que quem «paga a factura» do sub-financiamento «são os estudantes».

A deputada Ana Drago anunciou a entrega de requerimentos a solicitar a presença do ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, e do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

Do lado do PS, o deputado Manuel Mota, criticou a intervenção do PCP e destacou algumas medidas do Governo para o «reforço da acção social em mais 10 por cento» em 2007 e a introdução de um modelo de acesso ao Ensino Superior público para maiores de 23 anos.
Continue a ler esta notícia

Relacionados