Cerca de 300 pessoas, a maioria das quais imigrantes, vivem há 30 anos num bairro clandestino na Costa de Caparica, Almada, sem água e em situação de precariedade, uma realidade que uma associação cívica pretende contestar no domingo, refere a Lusa.
A Associação Lusofonia, Cultura e Cidadania (ALCC) vai unir-se à Comissão do bairro, conhecido como «Lelo» e situado junto ao posto da GNR, para uma manifestação, no domingo de manhã.
A principal crítica é a falta de água canalizada, o que obriga os moradores do bairro, construído com restos de materiais de construção civil, plásticos e placas de metal, a percorrer dois quilómetros a pé com bidões e baldes na mão para se abastecer de água.
«Esta gente está aqui há 30 anos e não sabe o que é uma torneira com água. Aquilo é uma nojeira, cheira mal e é altamente propagador de doenças, é como regressar à Idade Média», disse Aristides Teixeira, dirigente da associação.
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A associação e a comissão de moradores já tentaram diversas reuniões com autarcas e outras entidades para tentar resolver a situação, mas sem obter qualquer resultado até agora.
Quando confrontaram a Câmara Municipal de Almada com esta situação, apenas lhes foi dito que o terreno vai ser usado em 2009 para a construção de uma estrada, disse Aristides Teixeira.
A Lusa tentou contactar a Câmara Municipal de Almada e a Junta de Freguesia da Costa da Caparica, mas não foi possível obter declarações até ao momento.
Caparica: vivem sem água há 30 anos
- Portugal Diário
- 9 fev 2008, 16:58
Cerca de 300 pessoas residem em bairro clandestino sem condições
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