Discotecas: menos 30 a 70 por cento de vendas - TVI

Discotecas: menos 30 a 70 por cento de vendas

  • Portugal Diário
  • 9 jan 2008, 14:07
fumar

Porto: quebra no negócio desde a entrada em vigor da nova lei do tabaco

Relacionados
Os bares e discotecas do Porto estão a registar quebras de 30 a 70 por cento no volume de negócio desde a entrada em vigor da nova legislação sobre consumo de tabaco, revelou esta quarta-feira uma associação do sector à agência Lusa.

«Nas casas de diversão nocturna mais conhecidas do público a quebra ronda os 30 por cento, mas sobe para 70 por cento nos estabelecimentos menos conhecidos», afirmou António Fonseca, presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto.

Os dados referem-se à primeira semana da nova lei (entre 1 e 8 de Janeiro) e estabelecem uma comparação relativamente a igual período do ano passado.

Segundo António Fonseca, a elaboração desta estatística envolveu a recolha de dados em bares e discotecas da zona industrial, da Foz e do centro histórico da cidade do Porto, não incluindo nenhum restaurante.

Na perspectiva da associação, a nova legislação está a criar «muitas dúvidas, dificuldades e desequilíbrios», defendendo que «o mais acertado seria enveredar por acções pedagógicas e não pela via repressiva e fundamentalista em forma de cruzada contra os fumadores».

«Demissão do DGS»

«Deveria ser dada a oportunidade de ser o empresário a poder decidir classificar o seu estabelecimento, identificando a sua opção devidamente no local de entrada como sendo um estabelecimento que admite ou não fumadores», defendeu António Fonseca.

A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto defendeu também hoje a demissão do Director-Geral de Saúde, Francisco Georges, que acusa de ter «recuado» quanto à permissão de fumar nos casinos.

«O Director-Geral de Saúde mostrou que não tem capacidade para antecipar os acontecimentos, nem sequer para ser coerente com ele próprio face à lei do tabaco, dado que, não só recuou, como induz em erro toda a sociedade», afirmou António Fonseca, presidente da associação.

Numa conferência de imprensa, realizada na zona da Ribeira, António Fonseca frisou que Francisco Georges «reconheceu os argumentos dos proprietários dos casinos», questionando, por isso, se o Director-Geral de Saúde «quer incutir o vício do jogo».

«Se é possível combinar a lei do tabaco com a lei do jogo, então também é possível combinar a lei do tabaco com a lei do consumo de álcool e de acesso aos estabelecimentos de diversão nocturna», defendeu António Fonseca.

O presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto divulgou também um conjunto de propostas de alterações à nova lei do tabaco, que será enviada ainda hoje ao ministro da Saúde.
Continue a ler esta notícia

Relacionados