EuroÁrea: Relação confirma sentença de  Vale e Azevedo - TVI

EuroÁrea: Relação confirma sentença de Vale e Azevedo

  • Portugal Diário
  • 21 nov 2005, 22:28

Antigo líder «encarnado» vai continuar a apresentar recursos, até que a lei lhe permita, sendo o próximo para o Supremo Tribunal de Justiça

O Tribunal da Relação de Lisboa manteve hoje a decisão da primeira instância no julgamento do caso EuroÁrea, que condenou o antigo presidente do Benfica João Vale e Azevedo a seis anos de prisão em cúmulo jurídico.

Uma fonte próxima de Vale e Azevedo disse à Agência Lusa que o Tribunal da Relação de Lisboa não deu provimento ao recurso interposto pelo ex-presidente do Benfica, que se afirma inocente.

Sublinhando que Vale e Azevedo sempre se afirmou inocente neste processo em que era acusado de três crimes de falsificação de documentos, a mesma fonte acrescentou que o antigo líder «encarnado» vai continuar a apresentar recursos, até que a lei lhe permita, sendo o próximo para o Supremo Tribunal de Justiça.

Em 12 de Janeiro, o Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, deu como provado que João Vale e Azevedo praticou três crimes de falsificação de documentos no caso EuroÁrea e condenou-o a um ano e meio de prisão.

O colectivo de juízes do processo, relacionado com a venda dos terrenos Sul do Benfica, foi obrigado a fazer cúmulo jurídico com a pena de quatro anos e meio de prisão que lhe tinha sido aplicada no caso Ovchinnikov (do qual o arguido se encontrava já em liberdade condicional), resultando daí seis anos de cadeia.

João Vale e Azevedo tinha sido condenado a quatro anos e meio de prisão no caso Ovchinnikov, por peculato (apropriação indevida de dinheiros do clube) no âmbito da transferência do guarda-redes russo.

No caso EuroÁrea, Vale e Azevedo foi absolvido dos crimes de branqueamento de capitais e peculato, uma vez que não foi dado como provado que o arguido se tivesse apropriado de cinco milhões de euros com a venda dos terrenos da urbanização Sul do clube.

O Tribunal considerou ainda que, no âmbito deste processo, Vale e Azevedo não tinha de pagar uma indemnização cível ao Benfica, que reclamava cinco milhões de euros.

Após o acórdão ser lido, o seu advogado de defesa, José António Barreiros, manifestou logo a intenção de interpor recurso da pena de ano e meio de prisão, justificando-a com o facto de Vale e Azevedo não aceitar a imputação de que forjou documentos.

Em contrapartida, o Benfica anunciou igualmente que iria apresentar recurso por João Vale e Azevedo ter sido absolvido do crime de peculato.
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