CML quer desmantelar o bar «O Avião» - TVI

CML quer desmantelar o bar «O Avião»

  • Portugal Diário
  • 1 fev 2008, 18:52
Proprietário do bar «O Avião» morto (Inácio Rosa/Lusa)

Moradores queixam-se de excesso de barulho. Câmara não vai renovar licenças

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A Câmara de Lisboa pretende «desmantelar» o bar «O Avião» e retirá-lo do espaço que ocupa junto ao aeroporto na Segunda Circular, revelou hoje à agência Lusa o vice-presidente do município, Marcos Perestrello.

Falando à margem da cerimónia de reabertura do Jardim de São Pedro de Alcântara, Marcos Perestrello disse que é intenção da Câmara Municipal de Lisboa «resolver o problema, o mais breve possível», e para isso é «necessário retirar o avião daquele local», o que só se resolve «através do desmantelamento do aparelho».

A Câmara de Lisboa já tinha notificado o proprietário que «não ia renovar as licenças» camarárias para a exploração do bar de «strip-tease», explicou o presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, Rosa do Egipto.

Empresário da noite morto a tiro

Lisboa: bomba mata dono de bar

O dono do bar, José Gonçalves, morreu na madrugada de domingo, dia 02 de Dezembro, no interior do seu carro na sequência do rebentamento de uma carga explosiva colocada debaixo do banco da sua viatura, cerca das 05:00 da madrugada, depois de encerrar as portas do estabelecimento nocturno.

Em declarações hoje à Lusa, Rosa do Egipto revelou que tinha uma reunião marcada com o empresário José Gonçalves, na segunda-feira dia 03 de Dezembro, para falarem sobre assuntos «relacionados com aquele espaço».

«O encontro foi solicitado pelo sr. José Gonçalves», mas a junta «estranhou o pedido porque em 20 anos nunca ninguém solicitou qualquer tipo de reunião entre o bar e a junta», afirmou Rosa do Egipto, lembrando que a junta já tinha recebido muitas queixas dos moradores, acusando o bar «O Avião» de excesso de barulho.

O empresário era uma das testemunhas de acusação no caso Passerelle, que está a ser julgado no Tribunal de Leiria.

José Gonçalves era sócio num outro estabelecimento de «strip-tease», em Ponta Delgada, Açores, com um dos arguidos do processo Passerelle, Jorge Chaves.
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