Plataforma diz que casamento gay não é direito democrático

Um referendo e mais esclarecimentos. Estas são exigências feitas pela Plataforma Cidadania e Casamento sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que considera não ser um direito adquirido em democracia.

Numa altura em que estão a ser contadas assinaturas que deverão acompanhar um pedido de realização de uma consulta popular, que vai ser entregue na Assembleia da República no dia 5 de Janeiro, os representantes desta plataforma insistem na necessidade de que todas as pessoas devem ser ouvidas sobre esta questão. Mas pedem também para que sejam esclarecidas algumas questões.

«O que eu gostava de ver debatido no referendo é quais são as implicações reais na história, na cultura e nas relações sociais do país desta possibilidade de se consagrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo», disse à Lusa o director da campanha pelo referendo sobre o casamento homossexual, António Pinheiro Torres.

Este responsável disse ainda que pretende que haja uma clarificação sobre o tema da adopção de crianças por homossexuais, já que considera este e o do casamento «são temas indissolúveis».

António Torres disse à agência Lusa que não considera que o casamento entre homossexuais seja uma liberdade adquirida em democracia, defendendo que este foi um tema tratado de forma «residual» durante a última campanha eleitoral.

«Foi uma questão que passou completamente ao lado, que apareceu nos jornais apenas com algumas referências de que seria um ponto do programa do PS», argumentou.