Cerco ao Parlamento para demitir o Governo - TVI

Cerco ao Parlamento para demitir o Governo

Manifestação do 15 de setembro [LUSA]

«Todos os movimentos e todos os protestos que acabarem por existir são bem-vindos»

Os movimentos organizadores do «Cerco ao Parlamento» voltam a concentrar-se nesta segunda-feira para contestar o Orçamento de Estado para 2013 e pedir a demissão do Governo.

Em conferência de imprensa junto à Assembleia da República, no sábado, representantes dos movimentos 15 de outubro e Sem Emprego explicaram os recados que vão transmitir a partir das 18:00.

«Chega de dinheiro para o BPN (Banco Português de Negócios). Chega de dinheiro para as Parcerias Público Privadas. Chega de escândalos para os submarinos e o dinheiro tem de ser canalizado para o povo», resumiu Alexandra Martins, do movimento 15 de outubro.

Pelo Movimento Sem Emprego, Ana Rajado apelou às «pessoas que venham para a rua porque só mobilizando-se e lutando é que se pode reverter esta situação».

Ana Rajado garantiu que o Governo está a ficar «cada vez mais fragilizado e há setores ligados aos partidos do Governo que começam a contestar essas políticas».

«Nós queremos agudizar essa fragilidade e queremos que o Governo caia e a situação não ficará pior e se não sabem governar, deixem as pessoas que trabalham todos os dias decidirem e tornar a situação melhor», concluiu.

O protesto «Cerco a S. Bento! Este não é o nosso Orçamento» segue-se a uma vigília do movimento dos indignados, que começa pelas 00:00 de domingo.

«Os dois movimentos acabam por estar coordenados. Todos os movimentos e todos os protestos que acabarem por existir são bem-vindos e são muito úteis e é bom que todos tenham voz», disse Alexandra Martins, do 15 de outubro.

Além das consequências na Saúde, com «doentes de cancro a morrer por falta de tratamento», o Orçamento do Estado que vai ser entregue na segunda-feira vai agravar os escalões do IRS, acrescentou.

«As pessoas que trabalham é que estão a ser penalizadas. Há 18 por cento de aumento para os escalões mais baixos e um e pouco por cento de aumento para os escalões mais elevados. Só os milhões que foram gastos no BPN davam para pagar 12 anos de subsídios», notou.
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