Ministério promete mais cheques-dentista - TVI

Ministério promete mais cheques-dentista

Dentista (André Kosters/Lusa)

Secretário de Estado revela que em 2009 foram gastos 25 milhões de euros neste programa

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde prometeu, este sábado, que o programa cheque-dentista será alargado em 2010 a outros grupos populacionais, revelando que em 2009 o Estado gastou 25 milhões de euros na saúde oral dos portugueses.

«É inequívoco. O Governo vai continuar em parceria com a Ordem dos Médicos Dentistas a alargar o programa do cheque-dentista a mais grupos populacionais, com um maior investimento, ano após ano», disse à Lusa Manuel Pizarro, à margem da tomada de posse dos órgãos sociais da Ordem do Médicos Dentistas, que decorreu em Lisboa.

O secretário de Estado revelou que o investimento estatal na saúde oral dos portugueses tem vindo a aumentar gradualmente, apontando que em 2007 a despesa rondava os sete milhões de euros, valor que aumentou para 25 milhões de euros em 2009.

«Claro que é necessário aumentar o investimento, mas temos que atender a que os recursos têm de ser aumentados ano após ano. Estamos a trabalhar agora no que significará o alargamento em 2010 e anunciaremos logo que essas medidas estejam prontas, uma vez que em 2010 temos o constrangimento de esperar pela aprovação do Orçamento do Estado para que fique definida qual é a verba que fica destinada a este programa», acrescentou.

Questionado sobre a possível contratação de mais médicos dentistas para o Serviço Nacional de Saúde, Manuel Pizarro garantiu que essa não é a estratégia do Ministério da Saúde.

«Essa estratégia significaria que iríamos colocar o Serviço Nacional de Saúde a concorrer com uma rede que já existe por todo o país de consultórios e clínicas de medicina dentária. Do ponto de vista do interesse nacional geral essa não seria uma boa estratégia e iríamos duplicar o investimento ao substituir a cooperação pela concorrência», defendeu.

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Para o reeleito bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, a melhoria dos índices de acesso da população aos cuidados de saúde oral é uma das principais prioridades, mas apontou igualmente o excesso de médicos dentistas como um problema a resolver.

«Infelizmente esta situação leva muitas centenas de médicos dentistas a ter que procurar outros países para exercer a profissão e obviamente que isto constitui uma frustração para os médicos mais jovens que não vêem grandes possibilidades de exercício da profissão em Portugal e isto constitui um problema gravíssimo», apontou Orlando Monteiro.

Para Orlando Monteiro, o problema resolve-se com a adequação do número de vagas de cada uma das sete faculdades às reais necessidades do país, bem como com uma maior aposta das faculdades na pós-graduações e nos Países Lusófonos, «onde há uma enorme carência de médicos dentistas».

«Que as faculdades se orientem mais para a qualidade e não tanto para a quantidade como acontece hoje em dia», rematou.
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