Mau tempo: câmaras avaliam prejuízos - TVI

Mau tempo: câmaras avaliam prejuízos

  • Portugal Diário
  • 19 fev 2008, 17:30
Cheias em Sacavém provocam o caos (foto MIGUEL A. LOPES/LUSA)

Cascais, Oeiras, Setúbal e Sines procedem à limpeza de ruas e habitações

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Quarenta e nove desalojados, dezoito dos quais realojados pela autarquia, é o balanço das dezenas de inundações ocorridas segunda-feira no concelho de Cascais, onde a Protecção Civil está ainda a receber novos alertas de ocorrências, escreve a Lusa.

Segundo o responsável por aquele serviço municipal, Paulo Gaspar, algumas das famílias afectadas pelas chuvas preferiram ficar em casa de familiares e dispensaram a estada num hotel disponibilizado pela Câmara por um período de 48 horas.

Em qualquer um dos casos, a Segurança Social está a avaliar se os munícipes poderão ser hospedados noutros locais, provisória ou definitivamente, ou se terão de regressar às suas habitações.

Paulo Gaspar adiantou que o dia desta terça-feira será dedicado à limpeza de ruas e casas onde as autoridades prestaram socorro na segunda-feira, mas também ao atendimento de novas ocorrências, já que só agora algumas pessoas deram conta de que tinham as caves inundadas.

Ressaca de uma manhã submersa

Lisboa: 360 inundações em casas

Para o final da tarde está agendada uma reunião dos serviços municipais com a Câmara de Cascais, destinada a fazer um balanço concreto dos estragos e dos custos inerentes à sua resolução.

«Vamos tentar fazer um rescaldo. Ainda estamos a juntar os dados das várias autoridades e a lidar com novas situações, mais pequenas», disse o vereador da Protecção Civil, Pedro Mendonça.

No concelho de Oeiras, as autoridades estão também a fazer um levantamento dos danos e a limpar casas e ruas até à noite, depois de a Protecção Civil ter dado resposta a quinhentos alertas.

Segundo o responsável pela Protecção Civil, Vítor Leal, a autarquia realojou duas famílias de Porto Salvo e Barcarena, num total de seis pessoas.

Levantamento dos prejuízos

A Câmara de Setúbal iniciou um levantamento dos prejuízos provocados pelas inundações na baixa da cidade na expectativa de obter ajuda financeira do Governo para os comerciantes, disse a presidente, Maria das Dores Meira.

«Estamos a fazer um levantamento para entregar ao Ministério do Ambiente para ver se as pessoas podem ser ressarcidas, senão na totalidade, pelo menos em parte dos prejuízos que tiveram», disse a autarca setubalense.

As operações de limpeza da cidade, incluindo a remoção de lama e detritos arrastados pela água, estão a ser efectuadas por mais de 400 pessoas, incluindo equipas dos bombeiros sapadores e funcionários da autarquia.

Os comerciantes mais afectados pelas inundações aproveitaram a manhã para recuperar alguns haveres, mas a grande maioria limitava-se a constatar uma perda quase total de todos os bens e equipamentos e alguns nem sequer sabem ainda quando poderão reabrir as portas.

Sines sem água

Sem água desde segunda-feira, a população de Sines tem recorrido ao «avio» nos camiões cisterna e à compra de garrafões nos supermercados, enquanto espera que as torneiras voltem a pingar.

A interrupção do abastecimento público de água, desde as 10h30 de segunda-feira, deveu-se a um deslizamento de terras, causado pelas fortes chuvadas, que provocou a ruptura da principal conduta da cidade, na Estrada da Afeiteira.

O corte de água, que afectou dez mil habitantes de Sines, está prestes a chegar ao fim, com o restabelecimento da rede pública, esta terça-feira à tarde.
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