O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, afastou a possibilidade de Portugal poder passar por um novo cenário de seca, este ano, sublinhando que o país está a atravessar um período “tranquilo”.
Este ano, não temos nenhum risco de isso poder ocorrer [seca], estamos num ano tranquilo e estamos a iniciar agora o período que é estimado que chova mais. Não temos nenhum período critico em nenhuma área do território”, afirmou o governante, em declarações à agência Lusa nos Paços do Concelho de Portalegre, no Alto Alentejo.
Carlos Martins falava à margem da cerimónia de assinatura do contrato de empreitada de conceção e construção das estações de tratamento de águas residuais (ETAR) de Carreiras e Alagoa (Portalegre), Figueira e Barros e Valongo (Avis) e de Esperança (Arronches), num investimento total de 1,2 milhões de euros.
O secretário de Estado lembrou que as chuvas no início deste ano trouxeram “uma certa tranquilidade” e “repuseram” os níveis dos reservatórios.
Este foi, desse ponto de vista [seca], um ano que tendo a primeira chuva ocorrido já quase no final de fevereiro, tivemos os meses de março e de abril que repuseram as reservas em níveis que nos deram a garantia de uma certa tranquilidade”, recordou.
Observando que têm ocorrido, nos últimos dias, vários períodos de precipitação e que o ano hidrológico arrancou recentemente, Carlos Martins manifestou a esperança de este ser um ano "tranquilo”.
Mas, foram criadas as condições para monitorizarmos melhor, foram investidos quatro milhões de euros na monitorização das nossas linhas de água, quer em termos de quantidade, quer em termos de qualidade e, portanto, estamos mais preparados para lidar com esses fenómenos [seca] no futuro”, considerou.
Na sua deslocação ao Alto Alentejo, o secretário de Estado do Ambiente ficou a conhecer as obras que vão arrancar nos concelhos de Portalegre, Arronches e Avis, em termos de tratamento de esgotos.
As empreitadas nas quatro ETAR (Valongo, Figueira e Barros, Carreiras, Esperança e Alagoa) têm um prazo de execução de 545 dias.
As obras vão garantir o tratamento dos efluentes produzidos nas povoações abrangidas.