Gangue que facturou «um milhão» em julgamento - TVI

Gangue que facturou «um milhão» em julgamento

  • Portugal Diário
  • 30 jan 2008, 11:35

Doze homens acusados por roubo a multibancos e «carjacking»

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O Tribunal de São João Novo, no Porto, inicia quinta-feira o julgamento de doze acusados do roubo de máquinas Multibanco, assalto a carrinhas de valores e roubo de veículos através de «carjacking», num valor superior a um milhão de euros.

O Ministério Público (MP) fixou em 1.104.415 euros e 64 cêntimos o montante global que o grupo alegadamente lucrou com aquela actividade criminosa, centrada no Litoral Norte de Portugal.

Os arguidos, com idades entre 25 e 40 anos, estão acusados da prática, em co-autoria material e em concurso real, de 69 crimes, a maioria na forma consumada, em 2004 e 2005.

São-lhe imputados crimes que vão desde a associação criminosa, à posse de arma proibida, roubo e furto qualificado, nas formas consumada e tentada, bem como falsificação de documentos.

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Em meados de 2005, juntou-se ao gangue o arguido José Barbosa, acabado de cumprir pena por outros delitos, que enfrenta agora 44 acusações, refere o MP.

O roubo de um carrinho de compras de hipermercado, onde um funcionário de uma empresa de transporte de valores levava sacos contendo quase 100 mil euros (95.939,92 euros), integra o leque de crimes imputados ao grupo.

O carrinho «milionário» foi roubado à 01:25, de 13 de Setembro, no parque de estacionamento inferior do Hipermercado Continente da Senhora da Hora, Matosinhos, concelho de residência da maioria dos arguidos.

Os assaltantes, a maioria dados como vendedores de automóveis, actuaram encapuzados e armados e chegaram a disparar sobre um segurança do hipermercado, que não foi atingido.

Numa actividade intensa, com roubos que em algumas alturas atingiram o ritmo bidiário, este gangue chegou a encurralar e a metralhar viaturas de transporte de valores (VTV) em auto-estradas ou nos seus acessos, de acordo com as descrições dos autos.

Maioria em prisão preventiva

Os membros do grupo, a maioria em prisão preventiva e um deles já a cumprir pena efectiva, distribuíam-se em subgrupos e cada um tinha funções «perfeitamente definidas e delimitadas», refere o MP.

Oito dos 12 arguidos foram detidos, em 26 e 27 de Janeiro do ano passado, numa operação da Polícia Judiciária (PJ) do Porto que se saldou também pela apreensão de 17 veículos, dez mil euros em dinheiro, armas de fogo e, entre outro material, picaretas, machados e marretas.

Nove pessoas e entidades formularam pedidos de indemnização cível.
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