Violência cresce nos bancos - TVI

Violência cresce nos bancos

(Foto de arquivo)

Criminalidade está a baixar, mas há crimes cada vez mais violentos. Em cada três dias, uma instituição bancária é assaltada. Mas nem sempre o crime compensa

A criminalidade total desceu no último ano, pelo segundo ano consecutivo. As polícias investigaram menos crimes violentos, menos delitos cometidos por gangs e por jovens. Há, no entanto, alguns crimes violentos que têm dado mais trabalho às forças de segurança. É o caso dos assaltos a bancos. O Relatório Anual de Segurança Interna ainda não está concluído, mas o seu esboço foi discutido esta quarta-feira em plenário do Gabinete Coordenador de Segurança.

«A descida da criminalidade total participada regista-se pelo segundo ano» em Portugal, confirma o general Leonel de Carvalho ao PortugalDiário. O secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança avança ainda o decréscimo da criminalidade grupal (de gangs com três ou mais indivíduos) e da criminalidade juvenil.

A criminalidade violenta - habitualmente com recurso a armas de fogo - também baixou. Mas este tipo de delinquência abrange 16 tipos de crimes e alguns destes subiram. O aumento mais significativo regista-se nos assaltos a bancos. A média de roubos a instituições bancárias e de crédito, em Portugal, ronda um por cada três dias. Uma média superior à de 2004. Apesar da subida, este é um crime que nem sempre compensa.

«O dinheiro total roubado não é significativo. Estes assaltos rendem, geralmente, pouco dinheiro», admite Leonel de Carvalho.

Com ou sem lucro, estes são assaltos que implicam sempre um elevado uso de força. Os bancos estão bastante protegidos e, por isso, os delinquentes que tentam a sorte usam quase sempre armas de fogo. O roubo é, aliás, o tipo de crime mais associado ao uso de armas ilegais, a seguir ao homicídio.

Em dois anos, as investigações pela Polícia Judiciária de homicídios e tentativas de homicídio desencadearam a descoberta de 187 engenhos. A concretização de roubos esteve associada ao uso de 135 armas proibidas.

Só a Polícia Judiciária e a GNR apreenderam, em 2004 e 2005, 157 armas com calibre de guerra, como as metralhadoras, por exemplo. São, na maioria dos casos, engenhos transformados, que usam munições militares acima das 32 polegadas ou dos 6,35 mm. Depois de confiscadas, as armas de guerra são entregues às Forças Armadas.
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