Assaltantes em liberdade por expiração de prisão preventiva

Os dois autores de assaltos a balcões dos CTT na região do Vale do Sousa foram postos em liberdade esta sexta-feira por ter expirado o prazo de prisão preventiva em que se encontravam há dois anos, contou fonte judicial, noticia a Lusa.

Em Dezembro de 2009, um dos assaltantes havia sido condenado a 11 anos de prisão efectiva por sete crimes de roubo agravado e um de falsificação, tendo então o colectivo de juízes e jurados (requisitados pela defesa dos arguidos) dado como provados todos os factos da acusação.

Segundo a acusação, o valor global roubado nos sete assaltos de Paredes (seis a estações de correios e um em supermercado) terá sido de cerca de 6.335 euros.

O segundo arguido foi então condenado a cinco anos e seis meses de prisão efectiva por três crimes de roubo e um de falsificação.

Após o final do julgamento, Fernando Moura, mandatário de um dos arguidos apresentou recurso no Tribunal da Relação do Porto que anulou o primeiro julgamento e se decidiu pela sua repetição.

Na base desta decisão estão as gravações deficientes efectuadas no decurso do primeiro julgamento.

Esta sexta-feira os dois foram libertados já que o prazo de prisão preventiva (de um ano e seis meses) havia expirado há cerca de cinco meses.

Os dois arguidos serão ainda julgados, mas em liberdade, por mais assaltos aos CTT em Paços de Ferreira.

Segundo a acusação do MP, os arguidos utilizavam um Ford Fiesta para se deslocar aos estabelecimentos alvo.

Um deles permanecia dentro da viatura e o outro dirigia-se ao estabelecimento, de óculos de sol e chapéu e coagia os funcionários a entregar-lhes o dinheiro que tinham em caixa com uma pistola de alarme adaptada para projécteis de calibre oito milímetros ou, noutros casos, com uma caçadeira de canos serrados.