Taxas moderadoras: dadores de sangue admitem «desmotivação geral» - TVI

Taxas moderadoras: dadores de sangue admitem «desmotivação geral»

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Associações de dadores do Alto Minho garantem, contudo, que as recolhas na região «não pararam»

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As cinco principais associações de dadores de sangue do Alto Minho reafirmaram, este sábado, que as recolhas na região «não pararam», mas admitem a «desmotivação geral» com o fim das isenções no acesso aos cuidados de saúde.

Reunidas este sábado, em Paredes de Coura, as cinco associações que representam «mais de 90 por cento» das quase 10 mil dádivas anuais do distrito, assumiram, em conjunto, que o processo de recolha não está parado, como chegou a ser garantido por outras associações.

«Temos que compreender que só dá sangue quem é saudável e por isso recorrerá pouco ao Serviço Nacional de Saúde. Mas temos assistido à desmotivação geral dos dadores, que ainda se interrogam se eram criminosos por não pagarem as taxas», explicou à Lusa Daniel Pereira.

O presidente da mesa da assembleia-geral da Associação de dadores de Sangue de Paredes de Coura falava também em representação das congéneres de Areosa e Meadela (Viana do Castelo), Caminha e Ponte de Lima, reunidas para analisar as consequências dos cortes nas isenções do pagamento das taxas de moderadores.

«Queremos afirmar publicamente que a dádiva de sangue não está suspensa nestas associações e que essa hipótese nem sequer foi colocada. Existimos para dar sangue, independentemente dos benefícios e condições», sublinhou o dirigente.

Ainda assim, as associações apresentaram o «repúdio» pelo fim das isenções do pagamento de taxas moderadoras por dadores de sangue.

«A isenção das taxas é uma benesse, mas darmos sangue também é uma benesse. E será que o défice passará de 4,5 par 3,6 porque os dadores de sangue passam a pagar as taxas moderadoras?», interrogou.
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